Li em "Introducing Philosophy" por Robinson & Groves.
Albert Camus nasceu na Algéria em 1913. Como você pode afirmar significado em um universo sem sentido? Camus ilustra isso com o mito de Sísifo. Sífifo foi condenado pelos deuses a empurrar uma pedra montanha acima, a qual rolava para baixo de novo, e assim sucessivamente, para sempre. Ele diz: "Julgar se vale à pena ou não viver a vida consiste em responder à pergunta fundamental da filosofia". Contudo se perguntado se o suicídio seria a única saída, Camus diz que não, que a revolta seria a única alternativa.
Sísifo escolhe dar sentido à sua tarefa e assim ela ganha sentido. Mas convenhamos, faz sentido essa tarefa de Sísifo? Como podemos nós quantificar ou qualificar esta tarefa? Francamente, essa tarefa não faz sentido. Sísifo enganou-se a si mesmo.
Gosto dessa boa dose de pessimismo de Camus. Ela contrasta com a receita dos crentes de prescrever ao indivíduo uma receita de melhoria do caráter e da moral. A história de Sísifo desafia a afirmação vaga do crente de que "tudo tem um propósito" e de que "fomos criados para adorar ao Criador". Ou pior ainda: crente com propósito!
2 comments:
Mais tarde Jaspers em "resposta" a Camus vai afirmar que as saídas para o Mito de Sísifo são: o suicídio lógico (esse físico, comum), o suicídio filosófico (essa busca pela resposta) ou o reestabelecimento (que é a conformação e a busca por algo que te chame tanto a atenção ao ponto de não ter de buscar uma resposta)
Camus é legal. Jaspers mais ainda.
Existencialismo de vez em quando é interessante.
Vai que Sísifo gostasse de uma pelota. Já li e ouvi que a diferença de quem "tem propósito" é que sobem em aspiral, ou seja, passam sempre pelo mesmo lugar, mas sempre num nível mais alto.
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