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Sunday, April 15, 2012

Filosofia paradoxal

Não tenho a pretensão de entrar pela Filosofia. Mas roubo termos por pura conveniência.
  Antes de uma moral ou ética paradoxal, vejo uma filosofia paradoxal. Uma filosofia que relativisa "a moral" ou "a ética" ou a si própria.
  (Esta filosofia não tenta dar explicações nem ser coerente. Antes, ela fuma e suspira.)

Moral paradoxal


Fumar parece-me ser um bom exemplo para pensar sobre "pecado". Eu sempre ouvi o famoso argumento 'bíblico' de que fumar era pecado porque fazia mal ao "templo do Espírito", que é o nosso corpo. Contudo, se a preocupação com a saúde do corpo fosse assim tão grande, os evangélicos deveriam condenar também a Coca-cola, o açúcar branco e a carne com gordura. E se os evangélicos se preocupassem genuinamente com o corpo de seus fiéis, trabalhariam para melhorar o sistema público de saúde. Mas não fazem isso, e tudo indica que o blá-blá-blá é deveras hipócrita: não se preocupam tanto assim com o corpo de seus fiéis.
  Eu não fumo e tenho consciência de que fumar faz mal à saúde. Assim como Coca-cola, açúcar branco e carne com gordura. 
   Na ressignificação de "pecado" penso em um suspiro por uma condição humana auto-destrutiva. (E essa ressignificação não é religiosa a priori, mas a posteriori) Imagino que o suspiro de quem fuma ciente dos males que causa à saúde não seja dessemelhante ao suspiro de muitos evangélicos nos dias de Natal em que se enchem de comida.