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Monday, July 28, 2008

Cristianismo de Libertação / Teologia da Libertação

Recomendo a leitura da série de artigos de Jung Mo Sung sobre o cristianismo de libertação.

E ainda o artigo "A Teologia da Libertação está viva" de Selvino Heck.





Zune fighting with video driver

This is the result of the Zune software fighting with my ATI video driver on my DELL notebook. What I think is happening is that there's some bug in the video driver, and Zune is using some custom rendering. It happens intermittently. Who's to blame? The ATI video driver, I suppose.

Tuesday, July 22, 2008

Boas-novas para os pobres - Søren Kierkegaard

Tradução: K-fé (do Inglês)
Fonte: Provocations: Spiritual Writings of Søren Kierkegaard

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Boas-novas para os pobres

Cristo não estava fazendo uma observação histórica quando declarou que o evangelho é pregado aos pobres. A ênfase está nas boas-novas, que as boas-novas são para os pobres. Aqui a palavra "pobres" não quer dizer simplesmente pobreza mas todos que sofrem, são desafortunados, miseráveis, injustiçados, oprimidos, aleijados, coxos, leprosos e endemoninhados. O evangelho é pregado a eles, isto é, as boas-novas são para eles. O evangelho é boas notícias para eles. Que boas notícias? Não é dinheiro, saúde, status, etc. Não, isto não é Cristianismo.
Não, para os pobres o evangelho é boas-novas porque ser desafortunado neste mundo (de uma forma em que a pessoa é abandonada pela simpatia humana, e o apreço mundano pela vida até tenta cruelmente transformar o infortúnio da pessoa em culpa) é um sinal da proximidade de Deus. Foi assim que era originalmente; estas são as boas-novas no Novo Testamento. São pregadas para "os pobres", e são pregadas para os pobres que se não estivessem sofrendo de outras formas, iriam eventualmente sofrer ao proclamar o evangelho; já que sofrimento é inseparável de seguir a Cristo e de dizer a verdade. Mas logo veio mudança. Quando pregar o evangelho se tornou meio de subsistência, até mesmo profissão de luxo, o evangelho se tornou boas-novas para os ricos e para os poderosos. De que outra forma iria o pregador manter e garantir eminência e dignidade se o cristianismo não garantisse o melhor para todos? O cristianismo, portanto, deixou de ser boas notícias para aqueles que sofrem, uma mensagem de esperança que transforma sofrimento em alegria, mas virou uma garantia de deleite na vida intensificada e garantida pela esperança de eternidade. As boas-novas não beneficiam mais os pobres, essencialmente. Na verdade, o cristianismo tornou uma extrema injustiça para aqueles que sofrem (embora não estejamos sempre conscientes disto, e certamente não dispostos a admiti-lo). Hoje as boas-novas são pregadas aos ricos, aos poderosos, que descobriram que ele é vantajoso. Voltamos ao mesmo estágio original ao qual o cristianismo queria se opôr! Os ricos e os poderosos não somente acabam ficando com tudo, mas seus sucessos se tornam a marca da sua piedade, o sinal dos seus relacionamentos com Deus. E isto leva à antiga atrocidade de novo, a saber, a idéia que o desafortunado, os pobres são culpados pela sua própria condição; que é assim porque não são piedosos o suficiente, não são cristãos verdadeiros, porque são pobres, enquanto os ricos têm não apenas prazer mas piedade também. E isto dizem ser cristianismo. Compare-o com o Novo Testamento, e vocês verão que isto está o mais longe possível do Novo Testamento.
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Saturday, July 19, 2008

Anabautista

De la Comunidad de Aprendizaje "Mauricio López" | Ciudad de Buenos Aires | Argentina

"Para entender esa tradición y ese nombre nos remitimos a su origen, en el que anabautista fue el apodo peyorativo que los opositores del movimiento así nombrado adjudicaron a sus integrantes. Con él denotaban el rasgo religioso-político visible más destacado del movimiento, a saber, el bautismo de adultos: los miembros de las comunidades anabautistas ingresaban a ella mediante un nuevo bautismo, transformado así en un acto voluntario que invalidaba el bautismo infantil y que afirmaba por tanto la separación entre la iglesia, como comunidad particular, y el Estado, representante de la sociedad civil. Con los anabautistas comenzó la Reforma Radical: una fuerza popular de vanguardia, compuesta principalmente por campesinos, artesanos y mujeres decidida a encarnar un estilo de vida comunitario que se asemejara al modelo de la iglesia del siglo primero.

Para los anabautistas la última palabra no era la del Papa, ni la del teólogo, ni la del pastor, sino la del evangelio de Jesús contenido en la Biblia, leída e interpretada en y por la comunidad de fe. Ellos vivenciaban y entendían a la iglesia no como una institución sino como una congregación horizontal de hermanas y hermanos en Cristo, sin jerarquías y separada del Estado. La concebían integrada voluntariamente por cristianos comprometidos a través del bautismo de creyentes, y acompañada por pastores que no eran la autoridad ni los iluminados sino servidores que facilitaban una pastoral mutua —de «unos a otros»— en la que el sacerdocio, el laicado y el ministerio de todos los creyentes debía ser una realidad visible. Esta eclesiología era tan novedosa y tenía implicancias políticas tan radicales en ese contexto social y cultural, que algunos historiadores caracterizaron a los anabautistas como «los revolucionarios del siglo 16», «los bolcheviques del siglo 16» o «el ala izquierda de la Reforma», lo que explica por qué durante los primeros 25 años del movimiento más de 2500 anabautistas experimentaran el martirio: la mitad de un total de 5000 mártires que produjo la persecución religiosa durante el siglo 16 en toda Europa.

Pero si bien afirmaban la composición voluntaria y separada de la comunidad de fe respecto de la sociedad civil, su compromiso con el mundo circundante era tal que en palabras de uno de sus representantes se afirma que «[l]a verdadera fe evangélica no puede permanecer adormecida, sino que se manifiesta en toda Justicia y en las obras del Amor [...] Viste a los desnudos, da de comer a los hambrientos, consuela a los tristes, da abrigo a los destituidos, ayuda y consuela a los afligidos, busca a los perdidos, venda a los heridos, [y] sana a los enfermos.»
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Adaptado con autorización del prólogo escrito por Guillermo Font al libro de Juan Driver, Convivencia Radical, Ediciones Kairós, Buenos Aires, 2007, pp.5-11

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Let 24,000 People Die Today. Amen.

From http://angelsoulblade.blogspot.com/2004/08/let-24000-people-die-today-amen.html


Let 24,000 People Die Today. Amen.

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A few days ago I saw Costa-Gavras' film Amen., a movie on Nazi Germany. By the end of the film, I had become quite compelled to sign up with Compassion Australia and sponsor a kid. Whu-what? Let me explain.

Amen. (the titled includes the full-stop) tells the story of SS Lieutenant Kurt Gerstein, a real historical character who was both a true Christian and a member of Himmler's 'Death's Head' order. Though a Protestant, he was a tool of the murderous regime of Adolf Hitler. To a certain extent.

What Gerstein did not initially know was that his invention, which was originally used to maintain the health of Waffen-SS soldiers, was also being used to create Zyklon-B, the gas used to mass-murder millions of Jews, Gypsies and other 'sub-humans' in Auschwitz, Treblinka and other extermination camps. As a Protestant, Gerstein was quite appalled by how his creation was being used, and his conscience would not let him allow this to continue.

In the film he uses various ways, including the deceitful use of his position as transportations supervisor for the chemical, to make sure that shipment after shipment of Zyklon-B are never used. Gerstein also pushes his pastor and other Protestants to get German Protestant clergy as a whole to condemn this action. Of course, any student of Nazi Germany would know that most Protestant churches were too busy praising Hitler as the savior of Germany from economic depression. Most had already become part of the Nazi-endorsed German Christian church, save for a few pastors like Martin Niemoller, Karl Barth and Dietrich Bonhoeffer. (Incidentally, the actor who played Gerstein, Ulrich Tukur, also played Bonhoeffer in Bonhoeffer: Agent of Grace). Needless to say, Gerstein's plea fell on deaf ears with the Protestants around him. Or at least that's how it goes in the film.

But in Amen. Gerstein is not alone in his plight to make the horror that the Nazis are trying to hide known to the world. He is not the only main character in this movie. A Catholic priest happens to hear Gerstein's plea to the Bishop, and joins him in his cause. To death. While Gerstein continues to try to convince his fellow Protestant that his cause is just and worthy, Riccardo, the priest, uses his connections to ask the ranks of the the Catholic church, even the Pope, to condemn Nazi Germany's murder of millions. But again, any historian of the era knows that Pope Pius XII remained silent about the mass murders committed by the Third Reich. Why?

Here comes the true start of my explanation. Bear with me.

The answer Riccardo keeps on getting as he tirelessly campaigns before the cardinals of Rome, the Pope and even the American ambassador is that he should be patient. Yes, the old men in the safety of their palatial religious bastion keep telling him that he does not know the art of diplomacy, and that success is made of patience. And at that very moment thousands of Jews are being deported to the factories of death!

I see a few parallels here with what is happening today. When Gerstein appeals to the Catholic bishop of Berlin, the clergyman initially refuses to see him, ironically saying that it would not be appropriate for him to be associating with an SS officer. And Gerstein is there to give the bishop evidence of the Holocaust! Similarly, a lot of Christians today refuse to associate with 'worldly' people, maybe just because they swear, go clubbing or are living together outside marriage. And these people are the very people that can help us make the difference in our communities! They are the ones with the skills, knowledge, contacts and experience to help us do real life-changing stuff in people's lives! I'm not saying that everything that they are doing can be justified by the fact that they can help us do our kingdom-work. I'm just saying that we should leave the judging to God and accept those people with love. In fact, by doing this and working with them we are showing them Christ's love and even Christ!

Another parallel is the self-righteous advice given by the Catholic bigwigs to Riccardo. (Before I move on, let me make it clear that I am NOT anti-Catholic. I went to a Catholic school and I love Catholics!). They tell him that patience is a virtue essential to victory, but I cannot help but empathize with Riccardo's furious response that while they are saying those words thousands of Jews are being gassed and burned to death. Those people simply cannot wait and be patient. In this case patience is something that humanity itself cannot afford. This self-justifying apathy can also be seen today in the actions of the global Church.

In the six years of war that Germany waged, the Nazis killed six million Jews, as well as millions of other 'racially impure' people. Today, 15 million die each year from hunger and hunger-related diseases, six million of them under 5 years old. That's an average of 24,000 per day, 1,000 per hour and one every 3.6 seconds (
http://www.elca.org/hunger/facts.html). A brother of mine once said that Christians 'conspire' to murder these 24,000 people everyday. How? By not caring. With apathy.

The world currently contains 6.3 billion people, but it can actually produce food for 7 billion, or two loaves of bread per person per day. The problem is not that there is not enough food to go around; it is that there is no even distribution of this food. Rich countries produce more food than the poor, and the logic of free market economy has no space for compassion. Poor countries are forced to buy food from the rich, and thus end up with ever-increasing piles of debt. It can be said that the rich are living off the poverty of the poor. And let's face it. Most prominent Christian communities live in the countries that are economically well-off.

Now I will be fair AND honest. Many Christians in developed countries -including so many Catholics!- are even at this moment campaigning tirelessly to help save as many of the dying poor as possible. Some are rich and others are less wealthy, but often they give up the luxuries and even the basic needs that they are used to for this cause. And they are heroes. But there are also too many Christians that cannot see beyond how they can be 'blessed' and see how they can keep the the dying millions alive with what they have been blessed with. Yes, I'm talking about YOU, prosperity theologians! You and your Benzes and condominiums and your televised parody of the true Gospel!

But I will be honest. If anyone were to admit that they have not heeded James' advice to put prayer into action regarding the poor (James 2:15-17), I would be the first to put my hand up. God knows how much money I've wasted this year when I could have kept so many people alive with that money. Those who know me would be able to tell how much I spend on my more expensive hobbies. And I grieve for my hypocrisy. In my weakness I am confused by what I should do and what I would do. And that is why, perhaps, I can start by signing up with Compassion Australia. Having explained this, I would also like to ask others who claim to follow the Man who was rich but became poor for our sakes to follow His example.

At the end of Amen. the priest Riccardo attaches the Star of David to his habit, much to everybody's horror, including the Pope's. The bishop cries blasphemy, just as Caiaphas did at Jesus' trial. Yet I think what Riccardo has done is follow his Lord's example; he becomes one of those who are persecuted so he can help them (Isaiah 53, Matthew 25:34-45, Hebrews 4:15). Like the bishop, there will be people who are too preoccupied with religious protocols, diplomacy and liturgy to understand what we are doing. But if we claim to be Christians -'little Christs'- we would do well to honor our claim. We should put people before profit, world hunger before wealth and sacrifice before success. We would do well to put our own version of the 'Star of David', or any symbol of suffering, on our proverbial breasts and care about the 24,000 strangers dying today, even to the point of death (Hebrews 13:3).

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Thursday, July 17, 2008

Arquitetura do Templo - III: Igreja-Lavanderia



A igreja-lavanderia tem um templo e uma lavanderia ao mesmo tempo. Em uma espécie de cooperativa, as pessoas do bairro podem vir, lavar e secar suas roupas, e conversar.
Uma série de mesas quadradas, redondas e sofás são dispostos perto das máquinas de secar e lavar. Tem uma área com brinquedos. Alguns brinquedos são para crianças, como estruturas para subir e descer. Outros brinquedos são para adultos como totó (pebolim/fla-flu).
A iMesa é uma mesa em que as pessoas podem escutar música. Através de uma mesa de som (switch board) embutida na mesa, as pessoas podem ouvir juntas seus iPods ou tocadores de MP3. Uma parede semi-transparente ou uma série de paredes pequenas com brechas entre si separam o local do balcão. O balcão é como uma LAN-house (cybercafé) com computadores ligados à Internet, além de ter revistas e jornais.
Pessoas podem doar roupas (antigas ou novas) para outras pessoas que necessitem.
Sugestões de temas para conversas pode ficar disponíveis junto com jornais e revistas. Frases soltas como "Jesus lava nossos pecados", "Jesus lavou os pés dos discípulos" ou "vocês andarão comigo vestidos de roupas brancas, pois merecem esta honra (Apocalipse 3.4)".

Wednesday, July 16, 2008

Um Dia Meu Pastor Também Chega Lá

Um dia meu pastor também chega lá.

Da Veja:
http://veja.abril.com.br/040707/p_086.shtml

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José Edward, de Campos do Jordão





Acima, uma das fachadas do refúgio do bispo: quatro andares, 35 cômodos e elevador panorâmico. Abaixo, o jardim inspirado no do Monte das Oliveiras, em Jerusalém


O bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, está construindo um paraíso na terra. Trata-se de uma casa de 2.000 metros quadrados, localizada em Campos do Jordão, o refúgio de inverno dos paulistas ricos. A casa, que deve ficar pronta dentro de dois meses, é avaliada em 6 milhões de reais. VEJA visitou os 35 cômodos do imóvel, distribuídos em quatro andares. Ao todo, são dezoito suítes, todas equipadas com banheiras de hidromassagem. A maior delas, a do bispo, tem 100 metros quadrados, sauna e uma banheira suficiente para seis pessoas. Por meio de uma escada de seu quarto, Macedo terá acesso a um mirante do qual se descortina uma vista aprazível da cidade. De lá, ele também poderá apreciar uma réplica do jardim do Monte das Oliveiras, em Jerusalém, onde Jesus Cristo foi preso pelo Sinédrio judaico. A casa conta, ainda, com adega, sala de cinema, quadra de squash e elevador panorâmico.
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"Pode adega, pastor?" (oh, you missed the point, my brother)

( palavra-chave: arquitetura )

Tuesday, July 15, 2008

Eu Acredito em Igreja Emergente

(Artigo originalmente publicado no Renovatio Café, em http://www.renovatiocafe.com/index.php/Artigos/Emergente/Eu-acredito.html )

Em um espírito de diálogo, uso a oportunidade para explicar o que "emergente" não quer dizer.

Imaginei um médico falando assim "Eu não acredito em medicina preventiva. Eu acredito em saúde." Isto resume para mim o que ouço às vezes. São variações do tema "eu acho que a igreja deveria ser bíblica" ou então "acho que a igreja hoje deveria ser como a igreja primitiva". São realmente ideais nobres. São ideais que todos nós devemos cultivar. Mas cultivar com cuidado. Imagino também um outro médico dizendo "Eu não acredito em rótulos. Eu só acredito em saúde holística. Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa." Esse médico então jogará no lixo a tabela mundial de classificação de doenças ICD-10 da Organização Mundial de Saúde. No final do primeiro dia de consultas, o médico terá escrito nas anotações de cada uma das suas 70 consultas a mesma frase: "paciente se queixa de problemas de saúde".

"Emergente" é um nome muito novo, especialmente quando falamos sobre Brasil e América Latina. O bom é que temos a oportunidade de moldar e participar dessa conversa, definindo o termo na prática. Quando pessoas escolherem utilizá-lo, gostaria que este nome fosse estimado, fazendo referência a um espaço livre, amplo, sadio, inclusivo e seguro para a troca de idéias. O nome "emergente" é muito bom. Penso que certas idéias erradas podem obscurecer o nome, no entanto. Inevitavelmente pessoas simplificam idéias. Certos termos têm o benefício de sintetizar ênfases e práticas. Todo termo novo é vulnerável, contudo. Penso que a melhor coisa que os evangélicos podem fazer é cultivar com cuidado novas expressões de comunidade. Nada seria melhor do que abrir espaços, estimular a experimentação. Nada melhor do que apoiar jovens (porque muitas vezes são jovens) com novas propostas. Nada melhor do que estar conscientes de que vinhos novos precisam de odres novos.

Deixe-me fazer três perguntas perniciosas sobre "ser bíblico". Vocês sabiam que a Bíblia proibe comer camarão? (Levíticos 11.10) Acho que esse texto não é tão famoso assim nas capitais litorâneas brasileiras. Sabiam que a Bíblia manda matar a pedradas adolescentes rebeldes em praça pública? (Deuteronômio 21.18-21) Vocês podem me indicar algum verso que fale sobre Jesus “entrando no coração” de alguém?

O problema é que temos que interpretar o que "ser bíblico" quer dizer. Nós sempre temos que interpretar a Bíblia. E depois (ou ao mesmo tempo) temos que praticá-la. Isto não é uma tarefa simples.

"Parafraseando Dale Martin, para ouvir o que a Bíblia diz, ponha-a cuidadosamente sobre a mesa e escute silenciosamente. Depois que um período suficiente de silêncio tiver passado talvez você se surpreenda de ela não falar; você tem que lê-la e interpretá-la." [1]

Por experiência, quando leio termos do tipo "a Bíblia diz" ou "está aqui claro na Bíblia" eu ponho o sinto de segurança hermenêutico. Isto porque algumas vezes uma certa interpretação, a saber, a do interlocutor, é tida como a única interpretação. E mais, como a única interpretação correta. E mais, invocando a autoridade Bíblica a pessoa corre o risco de encobrir, consciente ou inconscientemente, suas intenções revestindo-as com a capa bíblica.

Lamento informar, mas nós nunca seremos a igreja primitiva. Estamos em 2008 AD e não 33 AD. Nós não falamos Aramaico, nem Latim, nem Grego. Não esqueçamos também que a igreja primitiva teve vários problemas. Logo após Pentecostes em Atos 5 encontramos Ananias e Safira. Atos 6 começa com outra briga. Muitas outras partes do Novo Testamento gastam tinta tentando consertar problemas da igreja já no primeiro século. Não me interpretem mal: os Evangelhos e Atos 2 devem ser referência para a igreja atual. Mas passaram-se 2000 anos de história da igreja. Passaram-se 2000 anos da história do mundo. A nossa eclesiologia, sejá lá qual deva ser, se aplica no aqui e agora. Aprendemos com o passado, praticamos no presente, plantamos para o futuro. Por incrível que pareça, carregamos a tocha apostólica, e isto é uma responsabilidade.

Na minha opinião, uma pessoa dizer que "não acredita na igreja emergente" pode ser um indício de que a pessoa é emergente. Isto porque alguns emergentes também não usam o nome. A maioria, contudo, tem ciência e vê o termo "emergente" como algo bom. O termo "emergente" foi artificialmente criado por Karen Ward em 1999 ao criar o site EmergingChurch.org. O termo "igreja emergente" é aceito hoje internacionalmente como a designação de um movimento. Mesmo com o termo tendo sido criado artificialmente, é importante notar que as características e as circunstâncias das comunidades ditas emergentes vêm antes da designação. Isto é um dentre vários outros indicativos que "emergente" é por definição extremamente oposto a modismos. Algumas pessoas diziam há alguns anos atrás, por exemplo, que igrejas emergentes seriam tipos de igrejas que "vão vir" mas que ainda "não chegaram" (não sei se é profético ou não, mas isso me lembra as viagens de Derrida). Spencer Burke, que esteve em São Paulo em 2008, chegou a dizer em meados de 2005 que igrejas emergentes não existiam na época [2]. Spencer e outros viam a igreja emergente como algo nascendo, algo novo, ainda emergindo.

O fato é que a igreja sempre está emergindo. A igreja está constantemente se (re-)definindo queiramos ou não. E o contexto da igreja também está constantemente em fluxo. Simplesmente porque pessoas mudam.

Por (in)definição, não faz sentido ser moda ser emergente. Isto porque emergência está relacionada a ênfase em autenticidade. Na liturgia isto se traduzirá na participação de todos. No contexto histórico, as pessoas deixam de ser consumidoras (sentar no banco e ouvir) para serem participantes. "Emergentes" não querem ver cultos bonitos com PowerPoint e música da hora. Nem mesmo experiências alternativas com labirintos, velas e areia. Procuram tomar parte na formação de comunidades, seja lá o que isto queira dizer na comunidade em questão. Em outras palavras, comunidades emergentes não focam tanto nos cultos (nos encontros - tem aí alguém traumatizado com a palavra "encontro"?). Estão mais interessadas na formação da comunidade e no cotidiano.

Por (in)definição, não faz sentido dizer que esta ou aquela pessoa traz "fórmulas" emergentes. Sobre "fórmulas" não há nada mais avesso do que igrejas emergentes. O princípio da autenticidade sempre lembra que cada comunidade é única. Cada contexto é único. Cada cultura é única. Cada comunidade é convidada a aplicar princípios e práticas inatas. Mais de uma vez ouvi histórias em que pessoas quiseram criar comunidades. Ao pedirem dicas ou ao tentarem importar diretamente outras histórias de comunidades emergentes são aconselhadas a andarem por si mesmas. Em segundo lugar, por (in)definição, liderança na conversa emergente é repensada de forma inclusiva e não-hierárquica. Se não está claro para alguém, deixe-me dizer claramente: Brian McLaren não é o líder da igreja emergente. Igrejas emergentes lideram como corpo. Esta é uma das frustrações de pessoas com a igreja emergente: a falta de fórmulas. É muito fácil seguir regras ou receitas de bolo. É difícil discernir o que acontece ao nosso redor e tentar aplicar uma eclesiologia. O que "funcionou" para a comunidade X não "funcionou" para a comunidade Y. Em terceiro lugar, a conversa emergente no Brasil está começando da maneira certa: com a nossa cara. Não é e não deve ser enlatada. Não me surpreendo: o respeito ao outro permeia a conversa emergente. Por exemplo, considere o capítulo "Church Emerging" de Brian McLaren no livro "An Emergent Manifesto of Hope". McLaren primeiramente usa o termo "a igreja emergindo" deliberadamente em vez de "igreja emergente". Conclama as pessoas no Norte a debaterem menos epistemologia pós-moderna e praticarem mais o pós-colonialismo, promovendo justiça ao redor do mundo. Sobre o que Brian está falando? Sobre o Brasil. Sobre a América Latina. Sobre justiça. Sobre prática. Sobre estruturas de poder coercivas. Não é isto relevante para nós? Não é esta uma conversa que começa com a premissa de respeito entre pessoas de países diferentes? Isto para mim é o oposto de importar idéias. É um convite para sentarmos na mesa e conversarmos igualitariamente.

Um outra outra idéia errada comum é que os emergentes não crêem em nada. Tentei explicar a fonte deste erro comum no meu primeiro artigo citando Tony Jones [3]. Foi por isso que disse que a falta de crença era apenas aparente. Convido a todos a lerem o parágrafo no artigo original com mais cuidado. Talvez também ajude pensar um pouco de outra forma: os emergentes são grandes produtores de boa teologia. Entre excelentes teólogos e filósofos "emergentes" cito Tony Jones, Scot McKnight, Peter Rollins, John Caputo, Richard Kearney, Tom Sine, David Fitch, Michael Frost, Ryan Bolger, N.T. Wright, Miroslav Volf (alguns dos quais certamente transcendem a designação "emergente"). Sem falar em várias outras pessoas comuns que escrevem e blogam com excelentes conteúdos. (Isto sem citar outros pesos-pesados como René Padilla. E o que dizer até mesmo dos teólogos latino-americanos da Teologia da Libertação?) Com tanta produção com tanta qualidade, como poderíamos dizer que eles não afirmam nada? O que dizer sobre tudo o que Tony Jones e Scot McKight escrevem sobre soteriologia? O que dizer de Miroslav Volf que afirmou que às vezes pensa horas e horas antes de escrever uma frase? Quais os paralelos teológicos que podemos traçar entre sua visão sobre a violência na ex-Iugoslávia e o que experimentamos diariamente com a violência urbana no Brasil? Podemos comparar "o outro" em sociedades pluralistas como na América do Norte com "o outro" em sociedades de grandes diferenças sociais como a brasileira? É bem mais difícil estudar e tentar entender a teologia desses autores. Interpretar o contexto histórico desses autores, seus países de origem e aplicar ao contexto brasileiro não é pouco trabalho, mas é altamente recompensador. Me lembro de um depoimento na televisão de Porto Alegre no final dos anos 80 de um jovem sobre problemas mentais. Dizia ele que era muito mais fácil a família designar o ente como doente mental do que procurar entendê-lo. Era um escape fácil para a família não ter que lidar com problemas internos. É mais fácil e confortável lermos apenas autores com os quais concordamos. Eu me pergunto: como será a nossa fé edificada se virmos apenas repetições das coisas que já sabemos? Peter Rollins (se não me engano citando Derrida) diz que amor verdadeiro ama o que é impossível de amar. Em outras palavras, se só amamos o que conseguimos amar, que amor é este? Se só amamos quem nos ama, este amor é limitado. Isto não nos diferencia como cristãos. Até a máfia faz isso. [4] (Por um lado sinto ser um informático o autor desse texto. Gostaria que teólogos e estudantes de seminários brasileiros publicassem mais suas visões sobre a igreja brasileira e que interagissem mais no Orkut, em portais como o Renovatio Café e na blogsfera.) Meu conselho a todos genuinamente interessados no destino da igreja brasileira: leiam, pesquisem, escrevam, debatam, pratiquem, documentem. Não é preciso ter formação superior para fazer isto. (Não espere vir tudo mastigado para você. Não tente dar um jeitinho na teologia.)

Outra explicação sobre a aparente (e apenas aparente) falta de crenças talvez possa ser a incapacidade de classificar debates emergentes em categorias existentes. Seria como uma pessoa que não consegue classificar o outro como Arminiano ou Calvinista, e portanto chega à conclusão de que o outro é herege. Um exemplo deste ponto relativo à exegese é a segunda naïveté (segundo egoísmo) explicada por Peter Rollins. Rolins advoca uma leitura do texto chamada segunda naïveté em que o objetivo não é chegar a uma série de afirmações científicas, geográficas, históricas e metafísicas sobre a verdade do texto. A segunda naïveté não despreza o pensamento crítico, mas considera a Palavra como um recipiente que transborda um sentido que dá vida e que nos envolve colocando-nos dentro da narrativa, habitando com as personagens, conversando com elas, preenchendo as lacunas da história com nossa experiência e idéia. Desta forma o leitor suspende temporariamente debates acadêmicos para responder à fonte transformadora do próprio texto. [5]

Peter Rolins diz também que para ele "Deus não é uma idéia ou uma experiência. Quando Deus aparece, Deus muda a forma com que interagimos com tudo no mundo."

Idolatrarmos nossa própria crença traz o risco de nos tornarmos ríspidos com o outro. Me lembro de um comentário que li sobre "O grande inquisidor" na obra "Os Irmãos Karamazov" de Dostoiévski. Se passa na Sevilha do século XVI. Jesus aparece um belo dia entre as pessoas comuns fora da catedral em Sevilha, mais uma vez fazendo os cegos verem e os mortos ressuscitarem. O velho cardeal, que reconhece que esse personagem misterioso é na verdade Jesus, prende-o imediatamente. Visitando Jesus na sua cela da prisão naquela noite, o cardeal o pergunta por que ele voltou à Terra. O trabalho de Jesus já havia acabado e agora o poder já havia passado para o papa. Sua volta só poderia representar uma interferência. Por essa razão, o cardeal sentencia Jesus para ser queimado na fogueira na manhã seguinte, da mesma forma que ele havia queimado centenas de heréticos no dia anterior - com 'herético' significando qualquer um que interfere com o trabalho da igreja, incluindo Jesus.

Consideremos os fantasmas pós-modernos que ameaçam a ordem e a estabilidade. É uma pena que certos termos invoquem o medo do desconhecido. "Pós-modernismo" por exemplo é várias vezes mal empregado como indicação de tempos relativistas. "Desconstrução" por exemplo é várias vezes mal empregado como sinônimo de destruição. Caputo afirmará em seu livro "What Would Jesus Deconstruct? The Good News of Post-modernism for the Church" ("Em Seus Passos o que Desconstruiria Jesus? As Boas-notícias do Pós-modernismo Para a Igreja") que desconstrução é a hermenêutica do Reino de Deus.

"Na desconstrução, as coisas tremem pelo seu próprio impulso interno, por uma força que não lhes dará descanso, que continua se forçando para vir à tona, forçando-se para fora, tornando a coisa inquieta. A desconstrução gira em volta da idéia que as coisas contêm uma espécie de verdade que não pode ser contida, que contêm o que não conseguem conter. Ninguém precisa vir e "desconstruir" as coisas. As coisas se auto-desconstroem pelas tendências das próprias verdades internas. Na desconstrução, o "outro" é quem fala a verdade sobre o "próprio"; o outro é a verdade do próprio, a verdade que foi reprimida ou suprimida, omitida ou marginalizada, ou simplesmente assassinada, como o próprio Jesus." [6]

Caputo segue mostrando como Jesus foi um grande desconstrutor. Jesus vez após vez fica do lado dos mais fracos. Vez após vez vira tudo de cabeça para baixo fazendo dos últimos os primeiros e vice-versa. Continuamente inverte a importância colocando a criança no centro. Jesus reserva sua indignação para a hipocrisia e descarrega sua ira em figueiras, manadas de porcos e mesas de comércio. Quando falta vinho na cerimônia de casamento, em vez de fazer um sermão sobre o quanto o álcool definha os tecidos sociais, Jesus faz um milagre e produz mais vinho. Jesus "quebra a lei" curando no sábado. Ele sofre tudo em seu corpo, mas não tolera nenhum sofrimento no corpo dos outros.

Para os que acham que a desconstrução de Derrida só destrói, vejam como Caputo cita Derrida:

"Derrida disse uma vez que 'a desconstrução [...] não é negativa, mesmo que tenha sido várias vezes interpretada como tal apesar de todo tipo de avisos. Para mim, ela sempre acompanha uma exigência afirmativa, eu até mesmo diria que ela nunca prossegue sem amor' A desconstrução não dá nem um só passo sem amor; ela sempre segue ‘nos passos’ do amor, seguindo o chamado do amor. O que ela ama? O impossível, o indesconstrutível, o que vem, o evento. Desconstrução é afirmação, a afirmação do impossível, da vinda do evento. " [7]

Peter Rollins disse recentemente:

"Muitas pessoas falam sobre desconstrução assim: 'Bem, temos que desconstruir e depois que tivermos desconstruído, poderemos reconstruir'. Eu quero parar nesta hora e dizer 'Não. Nós nunca paramos de desconstruir. Desconstrução não é como demolir um edifício para que possamos limpar a área para construir algo novo. Desconstrução é como o calor que mantém nossas idéias fluidas e derretidas e móveis e dinâmicas'" [8]

Tony Jones escreve sobre o livro de Caputo: "Que este livro conclua de vez o debate: a filosofia pós-moderna não impede a verdadeira fé Cristã. Na verdade, feito de forma correta, o pós-modernismo leva não ao relativismo niilista mas a uma fé forte no Salvador, que teve ele mesmo uma forte inclinação desconstrutivista. Caputo é uma ovelha em pele de lobo".

Os dois últimos capítulos do livro são brilhantes. No capítulo 5 Caputo especula respostas à pergunta "Em Seus Passos o Que Desconstruiria Jesus?". Ele imagina Jesus na situação de desigualdades sociais internas nos Estados Unidos no estado de Alabama. Imagina Jesus falando sobre poder e violência, abordando a guerra no Iraque. Imagina o que faria Jesus sobre a situação da mulher na igreja de hoje. Imagina como Jesus se posicionaria nos temas de homossexualismo e aborto. O último capítulo comenta a belíssima história do padre John McNamee. O livro de McNamee se chama "Diary of a City Priest" ("Diário de um Padre Urbano"). O duro cenário da cidade de Filadélfia nos Estados Unidos me lembra a dura realidade de muitas cidades brasileiras. Seu livro é um relato ao longo de um ano de sua vida como padre. Diz Caputo que "[o livro] prossegue com uma 'desconstrução da igreja' simplesmente contando a verdade nua e crua do cotidiano na sua paróquia." [9]

Uma outra idéia que leio de vez em quando é a idéia de que a conversa emergente parece às vezes um papo-cabeça e que falta prática. Nessas horas me lembro de Mário Quintana:

"Livros não mudam o mundo,

Quem muda o mundo são as pessoas.

Os livros só mudam as pessoas."

De uma certa forma eu entendo de onde vem a frustração dessas pessoas. Essas pessoas geralmente estão cansadas do cristianismo teórico. Ou estão incomodadas pela discrepância entre a fé propagada pelas igrejas e o que (não) acontece de segunda a sexta-feira. São pessoas que têm o desejo de ver a fé traduzida na prática. E isso é excelente. Como disse Jesus, quem ouve suas palavras e não as põem em prática é como a pessoa sem juízo que construiu sua casa n a areia. Por outro lado, às vezes vejo pessoas impulsivas e impacientes dizendo algo do tipo "Pô, com tanta gente perdida, em vez de evangelizar ficam discutindo. Deveriam é sair e evangelizar". E aí reside um perigo: o de ter ações sem as intenções. Fazer por fazer sem entendimento e sem amor. Se não entendemos nossa fé, nossa fé vira algo irracional e, a longo prazo, irrelevante. O livro de Tiago nos dá a direção certa: devemos ter fé e ações ao mesmo tempo.

Entendo que em qualquer tipo de igreja fica fácil idolatrarmos o símbolo em vez do objeto. Esta suscetibilidade não é privilégio da igreja emergente. A conversa emergente, contudo, conta com a bênção da desconstrução para ajudá-la a evitar tal problema. Como disse Bonhoeffer:

"Aquele que ama seu sonho de comunidade mais que as pessoas na comunidade vão em última instância ser destruidores da (comunidade)." [10]

Que possamos orar como David Montealegre



Sálvame de no ver el dolor del otro y la otra.
Sálvame de no sentir el dolor del otro y la otra.
Sálvame de estar y no ser.
Sálveme de mi idea de ti.
Sálvame de creerte verdad en mi iglesia.
Sálvame de creerte definible.

Líbrame de no amar hasta el dolor.



[11]

- Gustavo K-fé Frederico

[1] "What Would Jesus Deconstruct? The Good News of Post-modernism for the Church", John Caputo, p. 94

[2] Emerging Churches: Creating Christian Community in Postmodern Cultures, Gibbs & Bolger, p. 42

[3] Igreja Emergente no Contexto Brasileiro, Gustavo Frederico, http://www.renovatiocafe.com/index.php/Artigos/Brasil/Igreja-Emergente-no-Contexto-Brasileiro.html

[4] The Nick and Josh Podcast, Junho de 2008

[5] The Fidelity of Betrayal: Towards a Church Beyond Belief, Peter Rollins, p. 46

[6] "What Would Jesus Deconstruct? The Good News of Post-modernism for the Church", Caputo p. 29

[7] "What Would Jesus Deconstruct? The Good News of Post-modernism for the Church", Caputo p. 78

[8] The Nick and Josh Podcast, Junho de 2008

[9] "What Would Jesus Deconstruct? The Good News of Post-modernism for the Church", Caputo p. 118

­­[10] Dietrich Bonhoeffer, Life Together (Harper, 1954), páginas 26,27

[11] Hacia Él, David Montealegre, Teologia Sin Nombre

http://teologiasinnombre.blogspot.com/2008/05/hacia-l_11.html

Sunday, July 13, 2008

Como Fazer Seu Vídeo

Nesse post explico duas formas de gerar vídeos caseiros para o Youtube. Comecei pensando em ajudar pessoas a fazerem seus vídeos para a i-TV, a TV dos inconformados.

Usando a sua web câmera

1 - Comece o software da sua web câmera. Com a minha Logitech, eu uso o Logitech Quick Cam.

2 - Grave o vídeo. O arquivo gerado deve ser um WMV (formato do Windows) ou um AVI.



3 - Vá até o Youtube.

4 - Faça o login ou registre um novo usuário.

5 - Faça o upload do seu vídeo.


Usando uma câmera USB

Deixe-me descrever passos mais 'complicados' usando uma câmera qualquer ligada à entrada USB do computador.

1- Assumo que você já instalou o driver da sua câmera. Se você não se lembra se instalou o CD que veio junto com sua câmera, siga os passos seguintes. Mais à frente, se a sua câmera não for detectada como uma fonte (source) de vídeo do Windows, tente ir no site do fornecedor da câmera para baixar o driver.

2- Baixe o VirtualDub. Instale-o.

3 - Para pegar a gravação da câmera, vá até File -> Capture AVI...

4 - No menu Device, selecione a sua câmera como fonte de vídeo. Se a sua câmera não está listada, verifique o passo 1. Verifique também a conexão do cabo USB.

5 - Certifique-se que você tem um codec selecionado para comprimir o vídeo. Codecs são programinhas que ajudam a fazer arquivos pequenos de vídeo. Codecs funcionam como programas "zip" comprimindo, mas são específicos para vídeo e áudio. Codecs também mostram ('render' em Inglês) vídeos (pense que codecs 'rodam' os vídeos).
Verifique no menu Video -> Compression... quais são os codecs instalados e disponíveis no seu computador. Selecione qualquer um (que funcione) menos Uncompressed RGB/YCbCr. Uncompressed quer dizer que o vídeo não vai ser 'comprimido' por um codec. Em último caso você pode até selecionar esta opção para vídeos de curta duração. Mas neste caso esteja preparado para arquivos extremamente grandes.
O codec que eu recomendo é o DivX. É fácil de instalar e comprime bem (quer dizer, gera arquivos pequenos de vídeo). Baixe o DivX aqui. Selecione 'Download'.

6 - O mesmo se aplica para áudio. Selecione o menu Audio -> Compression... . Tente não usar "No compression (PCM)". Use algum outro codec de áudio. Áudio não é tão crítico como vídeo, pois o tamanho que o áudio vai ocupar será pequeno em relação ao vídeo. Codecs de áudio geralmente são instalados no Windows junto com o Windows Media Player. Instale a última versão do Windows Media Player. (Ou atualize seu Windows usando o Internet Explorer -> menu Tools (Ferramentas) -> Windows Update)

7 - Prepare a câmera para tocar o vídeo (modo VCR em alguns modelos). No Virtual Dub, selecione o nome do arquivo para salvar o vídeo. Depois, aperte a tecla F5 para começar a captar o vídeo. Aperte o play da câmera.

8 - Enquanto o vídeo é gravado, isto é, enquanto o arquivo de vídeo é gerado, note como o arquivo vai crescendo.

9 - Para parar de gravar, aperte a tecla 'ESC' no VirtualDub. Pronto, seu arquivo de vídeo foi gerado. O arquivo terá extensão AVI.

10 - Para verificar-se que o vídeo foi gravado no computador com êxito, dê dois cliques no arquivo de vídeo. O vídeo deve começar a tocar com o tocador de vídeo default do Windows (Windows Media Player, por exemplo).

11 - Passo avançado opcional: você pode editar o vídeo gerado, cortando partes ou inserindo outros vídeos. VirtualDub permite este tipo de edição. Já o Windows Movie Maker não edita os vídeos em si. Com o Windows Movie Maker você pode seqüenciar vídeos ou imagens, e incluir legendas. Pense que com o Windows Movie Maker você estará fazendo um filme pegando mais de um filme. No VirtualDub você também pode corrigir o vídeo gerado. Por exemplo, pode aumentar o contraste e o brilho para deixar a imagem mais clara. Isto pode ser feito com filtros no VirtualDub. Você pode ter uma lista de vários filtros para fazer pós-processamento. Você também pode corrigir problemas de sincronia de áudio e vídeo. O problema de sincronia ocorre quando o vídeo "está na frente" do áudio, isto é, quando a fala não acontece no exato momento que a imagem. No VirtualDub em opções avançadas você pode introduzir delays (positivos ou negativos) para sincronizar os dois.

12 - Vá até o Youtube.

13- Faça o login ou registre um novo usuário.

14- Faça o upload do seu vídeo.

Informações Gerais

Hardware: Básico do básico: para você gravar um vídeo, você precisa de uma câmera e do computador. Sobre a configuração do computador, quanto mais memória e quanto mais rápido o processador melhor. Recomendo no mínimo 1.5 Gb de memória RAM.

Conexão entre a câmera e o computador: O tipo de conexão entre o computador e a câmera pode variar. O mais comum é o cabo USB. Às vezes uma mesma câmera dispõem de várias opções de entrada e saída. Por exemplo, minha câmera tem saída USB e também FireWire ( também conhecida como interface IEEE 1394).

Software para captar e editar vídeo: Você pode usar vários softwares para captar e editar vídeo. Por exemplo, Nero, VirtualDub, VirtualDubMod e Windows Movie Maker.
Nero - Não é grátis. É bem completo.
VirtualDub - É grátis. É bem completo, mas é meio complicado de usar.
VirtualDubMod - Um 'clone' do VirtualDub, com pequenas modificações.
Windows Movie Maker - Software básico da Microsoft para captar e editar vídeos. Tem poucas opções de pós-processamento (isto é, alteração do vídeo, ou filtros). No entanto, é bem completo para fazer o básico. Você pode baixar o Windows Movie Maker gratuitamente do site da Microsoft aqui.

Mais sobre codecs (principiantes, pulem este parágrafo)
Codecs comprimem o vídeo para gerar arquivos não gigantescos. Os principais fatores durante a captura do vídeo são:
- Tamanho, que é geralmente medido em pixels (X por Y). Quanto menor o quadro menor o arquivo. Quanto menor o quadro, melhor tende a ser a taxa de refresh.
- Frames per second (FPS). É a medida de quantos quadros são incluídos no vídeo por segundo. Pense no vídeo como uma sucessão de imagens estáticas. A seqüência em altíssima velocidade portanto gera a "ilusão" de movimento. Quanto maior o FPS, mais 'natural' parecem os movimentos.
- Qualidade do quadro. Codecs geralmente proporcionam ao usuário ajustar a qualidade dos quadros, isto é, a qualidade das imagens dos quadros. Quanto mais alta a qualidade maior o tamanho final do arquivo, e mais recursos (processamento e memória) são requerido pelo computador para 'processar' o vídeo.
Uma mesma extensão de arquivo (AVI por exemplo) pode ser gerada por vários codecs diferentes. Isto é, a extensão é como que um container genérico. O que determina como o vídeo é gerado e como é mostrado no computador é exatamente o codec. Você pode ter um arquivo abc.avi com um codec DivX, e outro arquivo xyz.avi com o codec Xvid.
Clique aqui para ver a lista de codecs instalados por default no Windows XP.
A "arte" de usar codecs consiste justamente em achar (na tentativa e erro) configurações que equilibrem a qualidade final do vídeo. Os objetivos são sempre de gerar arquivos pequenos tendo movimentos naturais (FPS altos) e alta qualidade de quadros.

Básico Sobre Ambiente e Luz
Estou longe de ser expert no assunto. Na minha experiência, quanto mais luz melhor. Tente deixar os elementos visando as fontes de luz, e a câmera 'de costas' para as fontes de luz.
Ao gravar, pense no quadro, isto é, no retângulo que define a tela. Não deixe as pessoas muito longe. Pode ficar difícil de identificá-las.

Boa filmagem!

( A tempo, dê uma conferida nos vídeos da i-TV ! )

Thursday, July 10, 2008

Jesus: The Guantanamo Years

From http://alaninbelfast.blogspot.com/2007/06/jesus-guantanamo-years-london-art.html

"Jesus: The Guantanamo Years (London Art Theatre, and back in Belfast in September)

A few months ago as part of the Cathedral Quarter Arts Festival (poorly funded, so they couldn’t afford to stage a full one!), Jesus: The Guantanamo Years played at lunchtime in The Black Box. I missed it, but had followed the link from the festival’s website to the comedian’s Bebo page, and left him a message asking if the show would be coming back.

Significantly more than forty days and forty nights later, Dublin-born Abie Philbin Bowman got back to me today, saying that he was currently with the show in London, but would be bringing it back to The Black Box in September. Put that date in your diaries.

Over in London for most of the week, I wandered down through Covent Garden towards Leicester Square and picked up a ticket for tonight’s show as the bell rang to announce five minutes to curtain up.

It was opening night for Jesus: The Guantanamo Years in the West End, playing in the small Arts Theatre (on Great Newport Street) to an even smaller audience. But packed into the first six rows were many followers fans of Abie’s stand, including one (in the picture below) who had especially flown across from Dublin for the opening night.

The premise is that God has decided to return to earth to set the record straight and explain what Christianity is really about. Fans who meet up once a week for an hour in a specially made building to talk about how good he is may not have got the whole point.

But God’s a bit old to start travelling at his age. Jesus’ previous comedy tours Jesus live on the Mount and the Miracle Tour (five thousand turned up) went down well with the crowds, so he’s offered to go back on the road for his father.

With only a stool, plastic cup of water and a mic to hide behind, a long-haired, bearded Jesus occupies the stage for the next hour wearing Moses sandals and a bright orange jump suit.

Lots of ad-libbing, and well able to deal with hecklers. A few first night problems with the simple lighting were covered over with a “Dad’s playing tricks on me again” gag. And even a topical joke about the Olympic logo (one of which is exactly the colour of Jesus’ garish jumpsuit).

Wanting to maximise the impact of his recommunication with humanity, Jesus caught a flight to the US to kick off his tour. Homeland Security though had a problem with him being born in Palestine, having a beard, no fix abode (though until recently lived with his father) ... and his Israeli record as a radical troublemaker willing to die for religion is the last straw.

“Welcome to the land of the free ... conditions apply!”

Shipped off to Guantanamo—there’s some brilliant material comparing it to KFC—Jesus is perhaps the only Jew incarcerated in the camp. And so we arrive at the point of the show. Having taken the opportunity for a range of jokes aimed at all kinds of religious targets, Abie gets down to business, taking pop after pop at the hypocrisy of the west’s war on terror.

Whereas Mozaam Begg (saw him at 2006 Belfast Festival) makes argument by being disarmingly honest and unnecessarily graceful about his treatment, Abie uses humour to cut away at the myths surrounding war-related prisoners who are detained at the pleasure of the US in Cuban battery hen cages, and makes a strong case for why Guantanamo is so unchristian. There’s a poignancy to his statement:

“Whatever you do to the least of these you do to me.”
(Jesus quoting from his old material, not the new stuff)

There’s a great moment after Jesus has escaped from Guantanamo when he explains that he needed to find somewhere to live (and tour) that he’d feel at home in religiously and also where they’d know how to deal with terrorists ... so he walks across the Gulf Stream to Belfast, where his orange jump suit, striking Belfast accent, and meet-up with the UDA quickly divert him down to Dublin.

Over the course of the hour long monologue:

  • we learn that Jesus doesn’t believe in atheists;
  • Jesus is being chased by the paparazzi—the Pope and the photographers!
  • and most importantly, not all middle-eastern bearded men are terrorists.

I’m not sure if Judith Elliott will be popping up on Sunday Sequence or Arts Extra to review this show anytime soon, but if she does, it’ll be interesting to see what she says! The show takes few prisoners, so if you (and your faith) are easily offended, it’s not for you. But if you’re willing to look beyond the bluster and the sharp wit, you’ll find a comic using his talent to expose one of the shameful wonders of the modern world. And if you take the position that you shouldn't “refuse light from any quarter”, then you might ponder if Jesus would forgive Abie’s portrayal with a posh Dublin accent and join in the condemnation of Guantanamo?

If you’re in London this week, check it out. And if you’re intrigued, put it in your diary and book a ticket for the Belfast shows on 6th and 7th September.

The photo above shows Jesus relaxing in the theatre’s bar with some of his followers fans, still drinking water from his plastic cup!

Abie - thanks for the (un)timely email earlier today, and good luck with the West End run!"

Tuesday, July 08, 2008

Eu vim para que a igreja tenha vida em abundância

Eu vim para que a igreja tenha vida em abundância

"

Um sermão baseado em Atos 2.42-47 e João 10.1-10

Don Friesen

13 de Abril de 2008

Igreja Menonita de Ottawa

Count Lev Nikolayevich Tolstoy (1828-1910), mais comumente conhecido como Leon Tolstoy, o novelista Russo, ensaísta, dramaturgo, filósofo, pacifista, e reformador educacional, escreveu o conhecido "Guerra e Paz". Menos conhecidas são suas idéias sobre resistência não-violenta através de obras como "O Reino de Deus Está em Você", que influenciou Mohandas Gandhi e Martin Luther King, Jr.

Tolstoy foi um grande homem com grandes influências literária e moral, mas ele também escreveu histórias simples para livros de crianças camponesas, e histórias curtas com lições morais. Uma dessas histórias diz respeito a um homem chamado Pahóm que estava dissatisfeito com sua existência pobre e pensou que se ele tivesse mais terra sua vida melhoraria muito (Leo Tolstoy, A História das Lendas, 1946; "A Terra que Precisa de um Homem" escrita em 1886) Se ele tivesse terra o suficiente, pensou consigo, ele não temeria nem o próprio Diabo! Ao que o Diabo, sendo Diabo, aceitou como um desafio!

A história acompanha a aquisição de terra pelo homem, começando com um lote de quarenta acres, que ele financiou vendendo um potro, metade da sua colônia de abelhas, arrendando o trabalho de um de seus filhos e pegando emprestado o resto do seu cunhado. Funcionou bem, e graças a uma boa colheita sua vida melhorou consideravelmente. Problemas com seus vizinhos, contudo, tornaram-no inquieto, e quando ele ouviu falar de terra além do Volga à venda por um preço bom ele vendeu a sua terra e comprou mais terra lá do que jamais imaginou possuir. Ele estava quase fechando o negócio de um outro terreno quando ele ouviu falar de outras terras que ele podia conseguir por quase nada! Ele foi conferir, e descobriu que as condições de compra eram incomuns. A terra não estava sendo vendida pelo acre. Ofereceram-lhe tanta terra quanto conseguisse andar em um dia por mil rublos, mas se ele não voltasse para o ponto de partida antes do pôr-do-sol, ele perderia tanto o dinheiro quanto a terra.

Pahóm ficou tão animado que mal conseguiu dormir naquela noite. Ele levantou cedo, foi acordar o vendedor, marcou o ponto de partida e começou. Ele andou quilômetro após quilômetro, marcando seu caminho ao caminhar, e cada vez que ele pensava em voltar a terra parecia boa demais para perder, então ele continuava. Ele fez a curva lá pelas tantas, mas postergou a segunda curva até depois do almoço. Naquela altura ele já tinha ficado cansado e caminhar tinha ficado difícil. Pahóm começou a ficar ansioso ao ver o pôr-do-sol, e temeroso de perder tudo ele começou a correr, e então a correr mais rápido, apesar da dor nas suas pernas e peito. Logo antes do pôr-do-sol, contudo, ele correu para o ponto de partida, com suas pernas o levando ao alcançá-lo.

"Uma boa pessoa", comentou o vendedor com uma risada diabólica, "Ele ganhou bastante terra!"

Que pena, Pahóm deu o último suspiro com o esforço. Seu servo pegou uma pá e cavou uma sepultura para Pahóm. À pergunta "De quanta terra um homem precisa?" Tolstoy responde com a célebre frase "Um metro e oitenta, da cabeça aos pés, era toda a terra de que necessitava" .

Suficiente, Mais que Suficiente, e Abundância

Quando o suficiente se torna mais que suficiente? Quando a necessidade de adquirir bens, propriedade e avanços culturais se torna cobiça? Uma década atrás o Wall Street Journal mostrou uma reportagem sobre um novo tipo de médicos jovens que estavam atônitos porque seus salários estavam começando a cair abaixo da média nacional de US$250,000 anuais. Cerca de sessenta deles se inscreveram em um programa de MBA da Universidade da Califórnia, esperando que um diploma de negócios melhorasse funanceiramente suas carreiras. Esta é a nova realidade da saúde "de mercado", afirmou um de seus professores (Wall Street Journal, 13 de Maio de 1998).

Eu consideraria um salário anual de US$250,000 muito mais que suficiente, mesmo se decaísse para meros US$150,000. Esses médicos, contudo, parecem peixes pequenos quando postos lado à lado com a lista da revista Forbes dos bilionários mais ricos do mundo. A uma certa altura a Forbes decidiu limitar sua lista de bilionários em um número arbitrário - os top 200, por exemplo - porque existem pelo menos três milhões de milionários trabalhando duro para entrar na lista de bilionários!

Quando o sufiente é mais que suficiente? Ou, considerando as lições da Bíblia de hoje, poderíamos perguntar: "O que é o suficiente, e o que é mais que suficiente, e o que é abundância?" As leituras Bíblicas de hoje abordam todas a abundância. Nossa leitura dos Evangelhos promete vida em abundância. "Eu vim", disse Jesus, "para que (meus seguidores) tenham vida, e a tenham em abundância" (João 10.10). Ou, como diz uma outra tradução "mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa" (NTLH).

Quero voltar a esse texto depois, mas vejam o tema da abundância nos outros textos. Atos 2 demonstra uma vida comunitária que é ainda a inveja de muitos! Lucas nos diz que "todos os que criam estavam juntos e unidos e repartiam uns com os outros o que tinham. [Eles] vendiam as suas propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos, de acordo com a necessidade de cada um. " (Atos 2.44,45). Lucas está descrevendo uma abundância completa, compartilhada por todos, e até mesmo uma abundância de números, pois "cada dia", diz Lucas, "o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas" (2.47).

Tem também o Salmo 23, começando com a declaração de que já que o Senhor é o meu Pastor, "nada me faltará" (Salmo 23.1) A abundância é expressa vivamente na imagem de comida: "Preparas um banquete para mim[...]. Tu me recebes como convidado de honra e enches o meu copo até derramar" Isto é muita hospitalidade generosa! O professor Walter Brueggemann diz "Não há um gesto tão expressivo de extremo bem-estar quanto o esbanje de comida..." A mesa no Salmo 23 é um símbolo de todas as boas mesas nas quais você já sentou e a alegria que você sentiu ao redor da mesa.

As leituras Bíblicas de hoje não são únicas. As Escrituras contêm um grande leque de imagens de abundância. O Velho Testamento diz "que os montes antigos produzam ricas colheitas" (Deuteronômio 33.15), de "chuva em abundância" (Salmo 68.9), "mantimento em abundância" (Jó 36.31). Fala da "riqueza da misericórdia [de Deus]" (Salmo 5.7) e fala freqüentemente sobre isso. Diz que "Deus [...] é rico em perdoar" (Isaías 55.7). Fala de "abundância de salvação, sabedoria e conhecimento" (Isaías 33.6), da abundância da "bondade" de Deus (Salmo 31.19) - e também da "abundância de paz e segurança" (Jeremias 33.6). Deuteronômio promete que "o SENHOR, teu Deus, te dará abundância em toda obra das tuas mãos..." (Deuteronômio 30.9) Deus, é claro, é reconhecido como a fonte dessa abundância, com o Salmo 147 declarando: "Deus, o Senhor nosso, é grande e poderoso; a sua sabedoria não pode ser medida" (Salmo 147.5)

O Novo Testamento adiciona ainda a essa cornucópia de abundância, falando sobre a

"abundância da graça" (Romanos 5.17), a abundância de "consolação" (II Coríntios 1.5), a "alegria abundante" (II Coríntios 8.2), de "fé ... crescendo sobremaneira" (II Tessalonicenses 1.3), de "abundar em toda graça" ( II Coríntios 9.8) e "paz multiplicada" (I Pedro 1.2, II Pedro 1.2).

O Maior Milagre de Todos os Tempos!

Abundância, sob o ponto de vista norte-americano, é muitas vezes definido em termos materiais e individualistas. Não precisa ser um grande estudioso das Escrituras para entender que a noção de abundância é um conceito mais amplo, como alguns dos trechos que acabei de ler claramente mostram. Inclui bem-estar material, com a Bíblia tendo uma noção holística do bem-estar do ser humano, mas você precisa mais que contadores no seu pessoal para contabilizar a abundância que a Bíblia deseja para nós. É uma abundância completa.

Nós também tendemos a ver as coisas de uma forma individualista, e não há falta de igrejas da "Vida Abundante" oferecendo abundância ao indivíduo. Você pode ter vida abundante se você crer nas coisas certas, as coisas nas quais nós acreditamos. Você pode ter vida abundante se você observar essas quatro leis espirituais. Você pode ter vida abundante se você seguir o nosso programa de 12 passos. Você pode ter vida abundante se você não beber, não fumar, não dançar e não jogar. Você pode ter vida abundante se você conseguir espremer as boas novas em um código legal estreito e restrito. A vida abundante é sua se você tiver uma certa visão e experiência do Espírito Santo, ou se você vir meu programa de TV,... e se você puser a sua mão sobre a televisão, você... bem, já deu pra entender a idéia. Faça isso ou aquilo e mais aquilo e você - você individualmente - vai receber bênçãos materiais em abundância.

A nossa lição dos Evangelhos, contudo, está falando de ovelhas. Não uma ovelha, mas muitas ovelhas, um rebanho de ovelhas! Jesus está falando aos seus seguidores, um grupo de seguidores, e sua promessa é endereçada ao grupo. Quando João deu forma ao seu evangelho, ele o fez para a Igreja, então quando Jesus diz "Eu vim para que (vocês) tenham vida, e a tenham em abundância", e está falando à Igreja! "Eu vim para que a Igreja tenha vida em abundância."

Como seria uma igreja experimentando vida em abundância? Bem, temos uma boa descrição na nossa leitura do livro de Atos: "E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações. Os apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas, e por isso todas as pessoas estavam cheias de temor. Todos os que criam estavam juntos e unidos e repartiam uns com os outros o que tinham. Vendiam as suas propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos, de acordo com a necessidade de cada um. Todos os dias, unidos, se reuniam no pátio do Templo. E nas suas casas partiam o pão e participavam das refeições com alegria e humildade. Louvavam a Deus por tudo e eram estimados por todos. E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas. " (Atos 2.42-47).

Que bela descrição da Igreja! E que transformação maravilhosa! Depois da crucificação os discípulos mal se qualificavam ainda como um grupo, com seu "agrupamento" fraturado por negação, traição, confusão e muitas outras coisas que inibem se não destróem a vida comunitária. E aqui, chegando em Atos capítulo 2, eles se unem! São um grupo! São um grupo espetacular. São uma igreja! É um milagre!

Um colega (D. Drake) diz que quando era criança ele ficava impressionado com os milagres na Bíblia. Histórias como a abertura do Mar Vermelho atiçavam sua imaginação. Ele podia ver a coluna de fogo refletindo nos rostos dos escravos fugindo do Egito. Ele podia sentir o pó da demolição dos muros de Jericó! Ele várias vezes pensava qual milagre na Bíblia tinha sido o mais difícil para Deus fazer. Abrir o Mar Vermelho deve ter requerido muita força, mas andar sobre as águas deve ter requerido muita concentração. Como adulto, no entanto, ele concluiu que o milagre mais difícil deve ter sido o de Atos capítulo 2. "Todos os que criam [...] repartiam uns com os outros o que tinham. Vendiam as suas propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos, de acordo com a necessidade de cada um. " Esse tem que ter sido o milagre mais difícil na Bíblia, fazer com que pessoas repartam seu dinheiro e posses! Você mal consegue fazer crentes falarem sobre dinheiro, especialmente se for o dinheiro deles. Eles falarão sobre sexo, mesmo se eles se sentirem incômodos com o assunto, mas eles se sentirão ainda mais incômodos com a idéia de se abrir com os assuntos financeiros. Precisou um milagre de Deus para isso acontecer.

Os Sinais de uma Igreja Abundante

A igreja demonstrada em Atos 2 é uma criação milagrosa. O que Deus fez com essas pessoas? Como uma forma de refletir sobre a qualidade e a fidelidade da nossa própria vida juntos, eu identificaria vários elementos de uma vida congregacional abundante que surgem dessa passagem. O primeiro elemento é a proximidade dessa comunidade. Ele estavam freqüentemente juntos. Os membros dessa congregação gastavam tempo juntos. Eles se encontravam; eles cultuavam juntos; eles estudavam e oravam e comiam juntos, e evidentemente gostavam de estar juntos.

Este é o ideal do Novo Testamento. Quando Paulo, por exemplo, usa a imagem de corpo sendo "ajustado e ligado" (Efésios 4.16), ele está falando de uma qualidade especial de estar junto. A imagem é de tecido, de pôr juntos vários fios, de amarrar, unir aquilo que, se fosse deixado sozinho, desunido, nunca seria um tecido por si só. A igreja tem uma oportunidade incrível de fazer visível pela qualidade das suas vidas juntas a intenção de Deus para toda a humanidade de viver junto em harmonia.

Em segundo lugar, a congregação de Atos 2 parece ser uma comunidade inquisitiva. Lucas nos diz que eles "continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos". Eles queriam conhecer o que Jesus tinha ensinado. Eles ouviam os apóstolos porque eles queriam aprender tudo o que pudessem daqueles que tinham estado com Jesus. O que Jesus disse sobre isso? O que Jesus disse sobre aquilo? O que ele ia querer que nós fizéssemos nessa situação?

Acho que nossa congregação interroga bem. Temos curiosidade com várias coisas. Pode dizer um assunto, nós queremos ler a respeito. Qual é o último livro citado no New York Times? A gente quer lê-lo. Qual é a última peça teatral comentada? Nós queremos assisti-la. Direcionar essa mesma inquisição para a nossa herança bíblica e história cristã ajuda a Igreja. Uma igreja fiel é uma igreja que é ávida por moldar seus conhecimentos e sua vida conforme os ensinamentos de Jesus.

Em terceiro lugar, a congregação em Atos 2 é uma comunidade alegre. Lucas diz que tinham "alegria" (Atos 2.46). Eles se encontravam com "alegria e humildade". A palavra para "alegria" em Grego quer dizer exultação, expressando muita alegria. Eles louvavam a Deus, evidentemente porque eles tinham vontade! Uma congregação tem uma oportunidade de tornar visível a intenção de Jesus: que a sua alegria esteja em (nós) e que (nossa) alegria seja completa (João 15.11).

Em quarto lugar, a congregação descrita em Atos 2 é uma comunidade compassiva. Nós lemos que os membros dessa congregação tinham "tudo em comum", e que "eram estimados por todos" (Atos 2.47) E a qualidade das suas vidas juntas parece ter feito outros quererem se tornarem cristãos e se juntarem à comunidade cristã. (2.48)

Se as marcas de uma vida em congregação abundante fossem somente inquisição, comunhão e alegria, poderia ser uma vida abundante para seus membros, mas não para ninguém mais! A palavra "koinonia" é uma das palavras que o Novo Testamento usa para descrever a Igreja, e traz o significado não só do que nós compartilhamos entre nós, mas também o que compartilhamos além de nós - o que damos de nós mesmos além do nosso círculo de comunhão. Os cristãos primitivos, por exemplo, se importavam profundamente com os pobres no seu meio, e compartilhavam a sua abundância com eles.

Em 1988 um amigo meu estava entre os onze líderes de igrejas canadenses visitando Cuba. Tiveram uma oportunidade incomum de visitar Fidel Castro no seu escritório. Ficaram com ele por três horas, das 23 horas até as 2 da manhã! Castro queria a visita do pessoal das igrejas do Canadá, e eles conversaram sobre várias coisas. Meu amigo fala Espanhol fluente e sem dúvida ajudou com a conversa. Fidel perguntou as impressões deles sobre Cuba e falou sobre sua paixão em fornecer serviços de saúde e educação aos cubanos. Falou sobre fornecer abrigo aos sem-teto e fornecer mais igualdade aos pobres. Ele comparou as condições àquelas dos tempos da pré-revolução com Batista.

Em seguida Fidel começou a falar sobre a Igreja, disse meu amigo, e sobre a fé cristã. Ele brincou com eles, dizendo que eles certamente estavam preocupados em ir para o céu, e disse "Sabem de uma coisa? Eu acho que eu também devo ir para o céu. Com o que vocês viram sobre como ajudamos os pobres, vocês acham que tem lugar pra mim no céu?" Ele tinha consigo uma cópia de uma nova biografia dele que tinha acabado de sair naquela semana, e abriu em uma página específica, e disse "Esse biógrafo diz aqui que a revolução Cubana foi inspirada em Karl Marx e o Manifesto Comunista. Sabem de uma coisa? Isto está errado. Não foi inspirada em Marx. A revolução Cubana foi inspirada em um carpinteiro de Nazaré que subiu uma montanha para ensinar. E foi inspirada no sermão daquela montanha."

Fidel conversou com eles sobre sua educação nas escolas Jesuítas e sobre como ele ficava animado em aprender sobre Jesus e seus ensinamentos, algo que ele nunca havia ouvido na igreja! Ele tinha perguntado seus professores por que não ensinavam aos estudantes o que Jesus ensinou e como ele viveu. Ele falou sobre como queria ardentemente conhecer melhor esse Jesus, e quão animado ele estava com o que estava disponível para ele. E então ele fez o comentário mais impressionante. Balançando seu dedo na sua forma característica, ele disse "Lembrem que a revolução Cubana aconteceu em 1959; três anos antes do começo do [Concílio do] Vaticano II. Se a Igreja Católica em Cuba em 1959 tivesse sido como a Igreja Católica na Nicarágua em 1980, não teria nunca acontecido a revolução Cubana do tipo que conhecemos. Mas a Igreja não estava fazendo o que foi criada para fazer, e então alguém tinha que fazê-lo" (Robert J. Suderman. "Líderes formando Líderes: a Tarefa Crítica da Identidade", apresentado em Ralph and Eileen Lebold: Banquete do Fundo de Desenvolvimento de Liderança, Conrad Grebel university College, 19 de Junho de 2007)

Uma Igreja que falha em fazer o que foi criada para fazer não é uma igreja abundante. Uma Igreja que falha em compartilhar o evangelho com aqueles que procuram passionalmente identidade, visão e propósito não é uma igreja abundante. Uma igreja que estripa a sua mensagem restringindo-a a problemas da classe média e a ansiedades não chega a ser a Igreja prevista pelo Novo Testamento!

A quinta característica de uma igreja abundante é que seu alicerce é firmado em Jesus. A igreja não é um mero experimento sociológico. É a Igreja de Jesus Cristo. O Novo Testamento nos diz que uma congregação pode ter todo tipo de coisas maravilhosas, mas se nós não tivermos o amor de Jesus, não somos nada! (I Coríntios 13.2) Podemos ter todo tipo de pessoas maravilhosas, mas se não tivermos o amor de Jesus, não somos nada! Nossa congregação pode ter muitas características e programas atrativos - podemos ter os melhores cantores, os instrumentos musicais mais caros - mas se nós não tivermos o amor de Jesus, nós soamos como unhas arranhando um quadro-negro (13.1, minha paráfrase) Nós podemos atrair o pregador mais eloqüente de todos, ministrar os seminários mais profundos, e implantar a última moda, mas se nós não tivermos amor uns pelos outros - pode esquecer!

Uma vez fiz um curso com um perito em renovação de igrejas que teve uma ótima oportunidade de pôr seus princípios sobre renovação de igrejas em prática. Ele estava animado, e a sua estrela começou a brilhar. E então, depois de um tempo, seu mundo desmoronou. Ele confessou: "Eu fiquei impressionado ao me dar conta que no final de toda a retórica sobre renovação, nós ainda lidamos com seres humanos" (Robert Roxburg) Ele pediu demissão, gastou a maior parte daquele ano repensando igreja, seu próprio ministério, e se deu conta de que as pessoas têm que ser amadas, não ludibriadas nem manipuladas nem intimidadas a adotarem novas formas de pensar. Ele diz que ele "desistiu de procurar a comunidade ideal e aprendeu a amar aqueles que Deus colocou em nosso meio." Ele aprendeu aquilo que Dietrich Bonhoeffer havia escrito, que "Aquele que ama seu sonho de comunidade mais que as pessoas na comunidade vão em última instância ser destruidores da (comunidade)."

Jesus nos deixou um mandamento muito simples, que amemos uns aos outros. "Amem uns aos outros", disse, "como eu amo vocês" (João 15.12) Que nós cresçamos na abundância do nosso amor uns pelos outros, e em nossa obediência àquele que veio entre nós para levarnos a níveis mais profundos de compaixão e partilha, e a quem pode fazer muito mais do que nós pedimos ou até pensamos.

"


Fonte: http://www.ottawamennonite.ca/sermons/abundant.htm

Tradução: Fé Natábua (Oráculo)

Listening to the Bible / Ouvindo a Bíblia

"To paraphrase Dale Martin, to hear what the Bible says, set it carefully on your desk and listen quietly. After a long enough silence has passed it may hit you that it does not talk; you have to read and interpret it."

"Parafraseando Dale Martin, para ouvir o que a Bíblia diz, ponha-a cuidadosamente sobre a mesa e escute silenciosamente. Depois que um período suficiente de silêncio tiver passado talvez você se surpreenda de ela não falar; você tem que lê-la e interpretá-la. "

What Would Jesus Deconstruct: The Good News of Post-modernism for the Church, John D. Caputo, p.94

Saturday, July 05, 2008

Should I punish Kelly, the red fish?

This is Kelly below. There once were Kelly - the red fish - and Poli - the blue fish. Kelly and Poli did not get along well, despite being female Betas. They arrived here at home very little. Since then, Kelly would chase Poli. Kelly grew and developed. Poli stayed small and was always stressed and hiding. I actually suspect Poli slowly and painfully developed hormonal and mental problems because of Kelly. Kelly had no pitty on Poli. She would bite and run after Poli whenever possible. Was it just because Poli was blue? Was it just because Poli existed? Poli couldn't sleep. She became sick and eventually died.



Should I punish Kelly? Should I, as the overall watcher, do justice? Should I kill Kelly? It wouldn't make sense, since I would be punishing Kelly with the same action she is guilt of. Should I leave Kelly unpunished? That would just mean there was no ultimate justice.
Should I care? That is, is the question worth considering? If not, is the overall watcher heartless?

Wednesday, July 02, 2008

Arquitetura do templo - II

Um dia me disseram que eu morreria de fome como arquiteto. Concordo. Mas não custa expôr idéias para quem entende do assunto "pegar o espírito".
O salão abaixo tem círculos concêntricos. Cada círculo fica a um nível mais baixo que o anterior. O centro do círculo é a 'plataforma' onde fica o orador, que é o nível mais baixo do ambiente. Uma rampa contínua desce do exterior ao interior dos círculos.
Incluir o orador no nível mais baixo ajuda-nos a não exaltar o orador, mas a praticar a humildade (Jo 3.30, Lucas 9.48, Isaías 53.7, Isaías 57.15, Jeremias 13.15, Efésios 4.2,
Filipenses 2.8 ).
O círculo principal também faz com que as pessoas se vejam mais facilmente durante o culto. A adoração portanto fica menos abstrata, menos individualista e mais coletiva, mais autêntica. Individualmente, sou lembrado que estou em meio a outras pessoas e não sozinho. Sou levado a ter responsabilidade e estar ciente das minhas ações e reações ao longo do culto, em vez de 'me esconder na multidão'.
As áreas ao redor do círculo contêm mesas retangulares, mesas circulares e sofás. As mesas retangulares podem ter lugares para 8 a 16 pessoas. A idéia é incluir no mesmo grupo pessoas que ainda não se conheçam muito bem. Os sofás oferecem um ambiente mais caseiro que 'eclesiástico'. A idéia é estimular as pessoas a se abrirem, a interagirem, a trocarem idéias. Plantas podem separar as mesas e sofás entre si, dando um tanto mais de privacidade a certas áreas.



Os sofás e mesas também oferecem a oportunidade de mais de uma coisa acontecer ao mesmo tempo no culto. Há, portanto, mais de um 'centro' onde coisas acontecem. O orador não seria, portanto, o único centro das atenções.
As entradas do local podem ter altura baixa. Ou melhor ainda, a verga superior da porta de entrada pode ter altura descendente. A idéia é que algumas pessoas tenham a tendência de se agacharem. O ato reflete reverência. Um tanto de inconveniência até. Ou penitência? Ou lembrando do sacrifício de Jesus? Esta pequena inconveniência que não é tão inconveniente tem fundamento considerando os outros tipos de sofrimento que acontecem agora ao redor do mundo? A pessoa reafirma a sua intenção de entrar. Encurvar-se também seria um sinal de humildade.

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