Fonte: http://www.religion-online.org/showchapter.asp?title=1573&C=1521
Leia também a parte anterior, a parte 4.
Conferência de Genebra de 1966
No seu discurso de abertura da Conferência Mundial sobre Igreja e Sociedade, Visser't Hooft, Secretário Geral do Conselho Mundial de Igrejas, disse "Nós não falamos porque nós queremos ter voto nos negócios do mundo, mas porque nós não podemos viver com Deus, com companheiros, conosco se nós nos mantivermos silenciosos'. O tema principal da conferência era 'Cristãos nas Revoluções Técnicas e Sociais do Nosso Tempo', e seu propósito era olhar para os problemas do mundo moderno das revoluções tecnológicas em como elas afetavam a economia, a política e a vida cultura dos povos, comunidades e Estados, e considerar o desafio e a relevância da teologia para as revoluções sociais do nosso tempo.
[...] Bola Ige da Nigéria, depois de dizer que há pessoas que querem que mudanças permaneçam dentro de limites constitucionais, disse "Nós não precisamos do passado; nós temos que jogá-lo fora - incluindo, se necessário, aqueles que detiveram poder político no passado". Ele argumentou por mudança revolucionária global a qual iria visitar todas constituições sufocantes existentes, sistemas e poderes que os mantém funcionando. A conferência foi crítica da atitude negativa das igrejas diante de mudanças revolucionárias e chamou as igrejas a desenvolverem um ethos de humanismo revolucionário. Foi dito que a tarefa da igreja não era de implementar ordens, sistemas ou sociedades cristãs, mas humanizar as ordens seculares. Na mensagem às igrejas lê-se:
Como Cristãos estamos comprometidos em trabalharmos para a transformação da sociedade. No passado, nós comumente fizemos isto através de esforços silenciosos de renovação social, trabalhando dentro e através de instituições estabelecidas de acordo com suas regras. Hoje, um número significativo daqueles que são dedicados ao serviço de Cristo e a seus próximos assumem uma posição mais radical ou revolucionária. Eles não negam o valor da ordem tradicional ou social, mas eles estão procurando uma nova estratégia pela qual possam trazer mudanças básicas na sociedade sem muita demora. Em várias partes do mundo hoje, a Igreja representa uma minoria relativamente pequena, participando na luta pelo futuro do homem lado a lado outros movimentos religiosos ou seculares. Ainda mais, ela pode esperar contribuir para a transformação do mundo somente na medida em que ela própria for transformada em contato com o mundo.
A conferência de Genebra influenciou o pensamento da Assembléia de Uppsala do Conselho Mundial de Igrejas. De acordo com a conferência de Genebra, o testemunho cristão em um mundo revolucionário significa ação efetiva e vigorosa pela transformação do mundo. Missão como humanização foi a mensagem dominante em Uppsala.
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