I just came back from the first night here in Brasília, Brazil, of Rikk Watts' seminar. Its title is "Living in the world as the people of God". I would give it a 4 out of 10. He's definitely well intentioned and knowledgeable. I didn't like some details. I think he failed, so far, to 'make his point' in the first night, after hours of speach. I haven't heard of this contextualization of the Gospel or Paul's writtings yet for Brazil. I haven't heard yet - and I bet he is capable of - of philosophical categories in a Brazilian context that would serve as framework toa contextualized Christianity here. I haven't hear how he will decouple faith from culture in a way that fully embeds faith in culture and still keeps truth in faith. I have heard of great praises of Christianity as the source of science (why is that important?), but omitting the contribution of Islam to science, from mathematics to medicine to engineering to economics. I have heard of how Christianity brings life to a society (in his own words - paraphrasing - Scicily is still lagging to date behind the development of the rest of Europe because of their non-Christian sociological problems that arise from mafia). But I haven't heard of the great historical catastrophies of Christianity, such as the colonization of Latin America and the Holocaust, all right in the middle of Christian societies. Anyways, I can agree with the basic idea of being in the world, and contextualizing the gospels, but I frankly would expect more from someone so knowledgeable.
Oh, they were 3 hours of speach with a 15 minute break and he took no questions.
FB_init
Tuesday, August 18, 2009
Monday, August 17, 2009
Frases que ainda não ouvi na igreja
1. De olhos fechados, falando alto no microfone ao som do fundo musical. Os teclados com aquele timbre de strings:
"[...]Senhor, faz de mim um adora-dor!"
2. Pregação do Pastor:
"[...]'Sede santos pois o Senhor é santo'. O Senhor hoje está chamando você para a santificação, meu irmão. Igreja: seja aquela noiva sem mácula. Você que dirige irresponsavelmente, pare com esse pecado. Pare com essa imoralidade. Seu corpo é o templo do Espírito."
3. Professor de Escola Bíblica Dominical:
"[...] está claro aqui, irmãos, que não devemos só beber água, mas adicionar um pouco de vinho."
4. Em um Domingo à noite, no meio do culto
"E agora eu vou fazer um coelho sair dessa cartola. Repitam comigo: 'Abracadabra'"
5. Título de sermão projetado no PowerPoint:
"Ovelha não pensa."
6. Impresso de ordem de culto no boletim:
" Louvor e a-dor-ação (penitência)"
7. Servindo a santa ceia:
"Vamos orar com a irmã Maria" (Infelizmente nunca vi diáconas mulheres lá na frente em igrejas no Brasil. Isso é triste.)
8. Pastor Lázaro, na hora dos anúncios:
"Quinta-feira teremos um culto da ressurreição dos mortos. Traga o seu defunto e nós oraremos pela sua ressurreição. Traga a sua mãe, a sua avó, o seu tio. 'Tudo posso naquele que me fortalece', 'Tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis', 'Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá'" , blá blá blá
9. Depois de orar pelos dízimos e ofertas, com aquele blá blá blá de fazer a obra de Deus, o diácono pergunta:
'Tem alguém aqui percisando de dinheiro? Levante a mão e venha à frente e sirva-se.'
10. No meio do culto, o pastor diz:
"Ok, gente, ok, vão todos pra casa. Todos nós sabemos que Deus não existe mesmo. Vamos parar com essa brincadeira. Pra casa assistir TV, vamos lá."
11. No culto de oração, o pastor fala com aquela voz emocionada:
"Ponha agora a mão na sua enfermidade, exceto se você tiver hemorróidas!"
12. Placa no templo:
"'E, se uma mulher não cobre a cabeça quando ora ou anuncia a mensagem de Deus nas reuniões de adoração, ela está ofendendo a honra do seu marido' I Cor 11.5 "
13. Escrito em um envelope de dízimo:
"'O SENHOR Todo-Poderoso diz ao seu povo: — Eu virei julgá-los. E darei sem demora o meu testemunho contra todos os que não me respeitam, isto é, os feiticeiros, os adúlteros, os que juram falso, os que exploram os trabalhadores e os que negam os direitos das viúvas, dos órfãos e dos estrangeiros que vivem com vocês. ' - Malaquias 3.5"
"[...]Senhor, faz de mim um adora-dor!"
2. Pregação do Pastor:
"[...]'Sede santos pois o Senhor é santo'. O Senhor hoje está chamando você para a santificação, meu irmão. Igreja: seja aquela noiva sem mácula. Você que dirige irresponsavelmente, pare com esse pecado. Pare com essa imoralidade. Seu corpo é o templo do Espírito."
3. Professor de Escola Bíblica Dominical:
"[...] está claro aqui, irmãos, que não devemos só beber água, mas adicionar um pouco de vinho."
4. Em um Domingo à noite, no meio do culto
"E agora eu vou fazer um coelho sair dessa cartola. Repitam comigo: 'Abracadabra'"
5. Título de sermão projetado no PowerPoint:
"Ovelha não pensa."
6. Impresso de ordem de culto no boletim:
" Louvor e a-dor-ação (penitência)"
7. Servindo a santa ceia:
"Vamos orar com a irmã Maria" (Infelizmente nunca vi diáconas mulheres lá na frente em igrejas no Brasil. Isso é triste.)
8. Pastor Lázaro, na hora dos anúncios:
"Quinta-feira teremos um culto da ressurreição dos mortos. Traga o seu defunto e nós oraremos pela sua ressurreição. Traga a sua mãe, a sua avó, o seu tio. 'Tudo posso naquele que me fortalece', 'Tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis', 'Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá'" , blá blá blá
9. Depois de orar pelos dízimos e ofertas, com aquele blá blá blá de fazer a obra de Deus, o diácono pergunta:
'Tem alguém aqui percisando de dinheiro? Levante a mão e venha à frente e sirva-se.'
10. No meio do culto, o pastor diz:
"Ok, gente, ok, vão todos pra casa. Todos nós sabemos que Deus não existe mesmo. Vamos parar com essa brincadeira. Pra casa assistir TV, vamos lá."
11. No culto de oração, o pastor fala com aquela voz emocionada:
"Ponha agora a mão na sua enfermidade, exceto se você tiver hemorróidas!"
12. Placa no templo:
"'E, se uma mulher não cobre a cabeça quando ora ou anuncia a mensagem de Deus nas reuniões de adoração, ela está ofendendo a honra do seu marido' I Cor 11.5 "
13. Escrito em um envelope de dízimo:
"'O SENHOR Todo-Poderoso diz ao seu povo: — Eu virei julgá-los. E darei sem demora o meu testemunho contra todos os que não me respeitam, isto é, os feiticeiros, os adúlteros, os que juram falso, os que exploram os trabalhadores e os que negam os direitos das viúvas, dos órfãos e dos estrangeiros que vivem com vocês. ' - Malaquias 3.5"
Theological faggoting: itineraries for a queer theology in Brazil
Doctoral Thesis by André Sidnei Musskopf
"ABSTRACT
The main argument of this Dissertation is that theology needs to walk other paths. Although
this calling is directed to all theologies which are based on a heterocentric matrix for the
construction of theological knowledge, it is especially directed to Latin-American Liberation
Theology, which the reflections of this Dissertation are understood to be in continuation with.
The themes that it discusses were selected and organized based on the paths crossed by the
author himself, which became itineraries at the same time crossed and suggested as necessary
for the construction of a queer theology in Brazil. This way, the reflections are situated in two
specific contexts that determinate its approach. First, concentrating the research on the
Brazilian context, which becomes evident in the historical re-reading of the processes of
construction of the discourses and practices around religiosity and sexuality in Brazil, as well
as the Brazilian identity in a wider sense, and their importance for the theological reflection.
Second, because it takes on the developments in the area of queer theology as a privileged
space of dialog, which becomes evident in the presentation of the emergence and
development of homosexual-gay-queer theologies since the XIX century and, especially,
during the second half of the XX century, mainly in English speaking countries, but also in
Brazil and Latin America, even if in less formal spaces usually made invisible spaces. From
those two specific contexts emerges the questioning of traditional theological epistemologies
and the challenge of articulating ambiguity as an epistemological principle. Such ambiguity
is, then, discussed conceptually from the studies in several areas and by several authors and
defined from the contexts where the need for its articulation emerged: the Brazilian context
and queer theory. Its strongest articulation, however, is developed in three narratives
presented as “sexual stories” that start the reflexive process about theological epistemology.
This reflection is organized in three moments – “occupy, resist, produce” – one of the most
well known slogans of the Landless Workers Movement (MST). From then on the discussion
turns into a conversation between the “sexual stories” and several authors who have worked
on the epistemological debate, considering issues of identity and language in the intersection
with the discussions on gender, sexuality, race/ethnicity, class and ecology. Although the
three moments of this epistemological proposal developed from the idea of ambiguity are part
of the same movement of knowledge production, in the last one the proposals for the
construction of a queer theology in Brazil are materialized through the dialog with Frida
Kahlo’s painting “La venadita”. The character which marks and names the painting – a deer –
and its association with homosexuality in the Brazilian context, through a process of symbolic
appropriation and in accordance with the discussion accomplished in the previous chapters,
allow the definition of those reflections as via(da)gens teológicas [theological faggoting]
giving concrete expression to the itineraries for a queer theology in Brazil.
Keywords: queer theology, epistemology, ambiguity."
Download the complete thesis here.
"ABSTRACT
The main argument of this Dissertation is that theology needs to walk other paths. Although
this calling is directed to all theologies which are based on a heterocentric matrix for the
construction of theological knowledge, it is especially directed to Latin-American Liberation
Theology, which the reflections of this Dissertation are understood to be in continuation with.
The themes that it discusses were selected and organized based on the paths crossed by the
author himself, which became itineraries at the same time crossed and suggested as necessary
for the construction of a queer theology in Brazil. This way, the reflections are situated in two
specific contexts that determinate its approach. First, concentrating the research on the
Brazilian context, which becomes evident in the historical re-reading of the processes of
construction of the discourses and practices around religiosity and sexuality in Brazil, as well
as the Brazilian identity in a wider sense, and their importance for the theological reflection.
Second, because it takes on the developments in the area of queer theology as a privileged
space of dialog, which becomes evident in the presentation of the emergence and
development of homosexual-gay-queer theologies since the XIX century and, especially,
during the second half of the XX century, mainly in English speaking countries, but also in
Brazil and Latin America, even if in less formal spaces usually made invisible spaces. From
those two specific contexts emerges the questioning of traditional theological epistemologies
and the challenge of articulating ambiguity as an epistemological principle. Such ambiguity
is, then, discussed conceptually from the studies in several areas and by several authors and
defined from the contexts where the need for its articulation emerged: the Brazilian context
and queer theory. Its strongest articulation, however, is developed in three narratives
presented as “sexual stories” that start the reflexive process about theological epistemology.
This reflection is organized in three moments – “occupy, resist, produce” – one of the most
well known slogans of the Landless Workers Movement (MST). From then on the discussion
turns into a conversation between the “sexual stories” and several authors who have worked
on the epistemological debate, considering issues of identity and language in the intersection
with the discussions on gender, sexuality, race/ethnicity, class and ecology. Although the
three moments of this epistemological proposal developed from the idea of ambiguity are part
of the same movement of knowledge production, in the last one the proposals for the
construction of a queer theology in Brazil are materialized through the dialog with Frida
Kahlo’s painting “La venadita”. The character which marks and names the painting – a deer –
and its association with homosexuality in the Brazilian context, through a process of symbolic
appropriation and in accordance with the discussion accomplished in the previous chapters,
allow the definition of those reflections as via(da)gens teológicas [theological faggoting]
giving concrete expression to the itineraries for a queer theology in Brazil.
Keywords: queer theology, epistemology, ambiguity."
Download the complete thesis here.
Via(da)gens teológicas : itinerários para uma teologia queer no Brasil
Via(da)gens teológicas : itinerários para uma teologia queer no Brasil
Tese de Doutorado em Teologia defendida por André Sidnei Musskopf na Escola Superior de Teologia
O argumento central desta Tese é que a teologia precisa andar por outros lugares. Embora este chamado seja dirigido a todas as teologias que se sustentam em uma matriz heterocêntrica para a construção do conhecimento teológico, ele se dirige de maneira especial para a Teologia da Libertação Latino-Americana, em cuja caminhada as reflexões desta Tese se inserem. As temáticas abordadas foram selecionadas e ordenadas a partir dos caminhos percorridos pelo próprio autor, configurando-se como itinerários ao mesmo tempo percorridos e sugeridos como necessários para a construção de uma teologia queer no Brasil. Neste sentido, as reflexões são situadas em dois contextos específicos que determinam o seu recorte. Primeiro, concentrando a pesquisa no contexto brasileiro, o que se evidencia na releitura histórica dos processos de construção dos discursos e práticas em torno da religiosidade e da sexualidade no Brasil, bem como da identidade brasileira de maneira mais abrangente, e sua importância para a reflexão teológica. Segundo, porque assume os desenvolvimentos no âmbito da teologia queer como espaço privilegiado de interlocução, o que se evidencia na apresentação do surgimento e do desenvolvimento das teologias homossexual-gay-queer desde o século XIX e, de maneira especial, na segunda metade do século XX, principalmente em países de fala inglesa, mas também no Brasil e na América Latina, ainda que em espaços menos formais e geralmente invizibilizados. Destes dois contextos específicos emerge o questionamento das epistemologias teológicas tradicionais e o desafio de articular a ambigüidade como princípio epistemológico. Tal ambigüidade é, então, discutida conceitualmente a partir de diversas áreas, autores e autoras e definida a partir dos contextos de onde a necessidade de sua articulação emergiu: o contexto brasileiro e a teoria queer. Sua articulação mais pungente, no entanto, é desenvolvida em três narrativas que se configuram como "histórias sexuais" e que iniciam o processo reflexivo sobre a epistemologia teológica. Esta reflexão é organizada em três momentos "ocupar, resistir, produzir" um dos lemas mais conhecidos do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A partir de então a discussão se converte numa conversa entre as "histórias sexuais" e diversas autoras que têm se ocupado da discussão epistemológica, considerando questões de identidade e linguagem na interseção com as discussões de gênero, sexualidade, raça/etnia, classe social e ecologia. Embora os três momentos desta proposta epistemológica desenvolvida a partir da idéia de ambigüidade sejam parte de um mesmo movimento de produção do conhecimento, no último deles as propostas para a elaboração de uma teologia queer no Brasil são materializadas através do diálogo com a pintura "La venadita" de Frida Kahlo. A figura que se destaca e dá nome à pintura - um veado - e sua associação com a homossexualidade no contexto brasileiro, através de um processo de apropriação simbólica e em consonância com a discussão realizada nos capítulos precedentes, permitem definir estas reflexões como via(da)gens teológicas dando expressão concreta aos itinerários para uma teologia queer no Brasil.
Clique aqui para o texto completo [pdf - 524 p.]
Imagem: "La venadita" de Frida Kahlo
Sunday, August 16, 2009
Turismo em Goiânia, Goiás
Mesmo com pouca experiência de turista, aprendi que pesquisar antes é sempre melhor. Eu bem que tentei. (Um site bom que só achei depois é http://www.turismogoiania.com.br/ ) Na lista estavam dois museus.
O museu Antropológico da UFG parecia interessante, por ter aparentemente conteúdo indígena. Contudo, no nosso panfleto não tinha horário nem telefone. Mesmo com o endereço, foi difícil de achar. O endereço não tem número, e tem vários prédios de faculdade. (O museu está em um prédio do lado direito de quem sobe, e o nome do museu está em placas verticais com a tinta bem desfolhada) Achamos já quando estávamos desistindo do museu. Fomos lá, mas estava fechado porque era Sábado. (Turistas não costumam ir mais a outras cidades nos finais de semana?)
O museu de Ornitologia dizia ter "o maior acervo do mundo". O lugar de fora parecia mal conservado, com pintura feia, grades fechadas, um aviso escrito à mão "visitantes, toquem a campainha". A campainha era na casa de alguém, que estava almoçando. Achamos tudo aquilo muito estranho, e depois de 60 segundos sem a pessoa atender a campainha, fomos embora.
Um tal de "shopping a céu aberto" na Av. Sayão - que pelo panfleto também deveria ser o maior da América Latina (!) - era mais um monte de lojas (muitas mesmo) de varejo na mesma rua.
O Bosque dos Buritis era bem legal. Foi onde achamos uns poucos brinquedos para as crianças. Elas gostaram de ver as tartarugas e peixes nos laguinhos.
O Parque Ecológico Ulisses Guimarães parece que mudou de nome para Parque Altamiro de Moura Pacheco. Meu interesse era de ver com a família o sítio arqueológico indígena de mais de 2000 anos. Pesquisei e pesquisei na internet e achei depois de muita luta um telefone do local: (62) 3299-3276. Nenhum site e nenhum panfleto trazia endereço exato, nem instruções para chegar lá. Nem com o Google Earth nem com o Google Maps eu descobri. Fiquei sem descobrir. Na estrada depois também não vi placas. Um site obscuro dizia que a entrada era somente com autorização da administração, o que eu achei muito inconveniente. O funcionário do parque me avisou que infelizmente está fechado para o público até 31 de Dezembro de 2009 ! Eu perguntei porque, e ele me disse que era "por causa da barragem". As únicas conclusões que posso tirar é que ou os trabalhos com a barragem bloqueiam o acesso ao sítio arqueológico, ou a barragem vai inundar o sítio arqueológico. Achei a última possibilidade mais que um absurdo. Aconselho você a ligar para o local antes de ir, e também ligar para um deputado estadual de Goiás para perguntar qual é o plano de preservação cultural do parque, se a barragem ameaça ou não o sítio arqueológico indígena, se houve plano de impacto ambiental e qual é o orçamento da obra da barragem.
O museu Antropológico da UFG parecia interessante, por ter aparentemente conteúdo indígena. Contudo, no nosso panfleto não tinha horário nem telefone. Mesmo com o endereço, foi difícil de achar. O endereço não tem número, e tem vários prédios de faculdade. (O museu está em um prédio do lado direito de quem sobe, e o nome do museu está em placas verticais com a tinta bem desfolhada) Achamos já quando estávamos desistindo do museu. Fomos lá, mas estava fechado porque era Sábado. (Turistas não costumam ir mais a outras cidades nos finais de semana?)
O museu de Ornitologia dizia ter "o maior acervo do mundo". O lugar de fora parecia mal conservado, com pintura feia, grades fechadas, um aviso escrito à mão "visitantes, toquem a campainha". A campainha era na casa de alguém, que estava almoçando. Achamos tudo aquilo muito estranho, e depois de 60 segundos sem a pessoa atender a campainha, fomos embora.
Um tal de "shopping a céu aberto" na Av. Sayão - que pelo panfleto também deveria ser o maior da América Latina (!) - era mais um monte de lojas (muitas mesmo) de varejo na mesma rua.
O Bosque dos Buritis era bem legal. Foi onde achamos uns poucos brinquedos para as crianças. Elas gostaram de ver as tartarugas e peixes nos laguinhos.
O Parque Ecológico Ulisses Guimarães parece que mudou de nome para Parque Altamiro de Moura Pacheco. Meu interesse era de ver com a família o sítio arqueológico indígena de mais de 2000 anos. Pesquisei e pesquisei na internet e achei depois de muita luta um telefone do local: (62) 3299-3276. Nenhum site e nenhum panfleto trazia endereço exato, nem instruções para chegar lá. Nem com o Google Earth nem com o Google Maps eu descobri. Fiquei sem descobrir. Na estrada depois também não vi placas. Um site obscuro dizia que a entrada era somente com autorização da administração, o que eu achei muito inconveniente. O funcionário do parque me avisou que infelizmente está fechado para o público até 31 de Dezembro de 2009 ! Eu perguntei porque, e ele me disse que era "por causa da barragem". As únicas conclusões que posso tirar é que ou os trabalhos com a barragem bloqueiam o acesso ao sítio arqueológico, ou a barragem vai inundar o sítio arqueológico. Achei a última possibilidade mais que um absurdo. Aconselho você a ligar para o local antes de ir, e também ligar para um deputado estadual de Goiás para perguntar qual é o plano de preservação cultural do parque, se a barragem ameaça ou não o sítio arqueológico indígena, se houve plano de impacto ambiental e qual é o orçamento da obra da barragem.
Thursday, August 13, 2009
O Imoral e o Herege
"
O desvio intelectual [...] é subversivo de uma totalidade, enquanto que o desvio comportamental deixa a totalidade como está, não questionando nunca a sua legitimidade. No caso específico das instituições eclesiásticas, este fato se torna evidente quando notamos que é fácil reassimilar aqueles que cometeram deslizes morais, enquanto é praticamente impossível fazer o mesmo com os hereges. O imoral não contesta uma visão de mundo. O herege sim. O que comete o deslize moral sabe que a verdade está com a instituição.[...] O herege, ao contrário, sabe que ele está certo e a instituição errada. Por isso não se envergonha, e prega as suas idéias. O imoral só deseja permissão para realizar o seu ato. O herege deseja abolir um mundo e criar um outro.
"
- Rubem A. Alves, em "Liberdade e Ortodoxia: Opostos Irreconciliáveis? Notas preliminares para o exame do problema do Protestantismo", em "Tendências da Teologia no Brasil", página 12, Aste, São Paulo, 1977.
O desvio intelectual [...] é subversivo de uma totalidade, enquanto que o desvio comportamental deixa a totalidade como está, não questionando nunca a sua legitimidade. No caso específico das instituições eclesiásticas, este fato se torna evidente quando notamos que é fácil reassimilar aqueles que cometeram deslizes morais, enquanto é praticamente impossível fazer o mesmo com os hereges. O imoral não contesta uma visão de mundo. O herege sim. O que comete o deslize moral sabe que a verdade está com a instituição.[...] O herege, ao contrário, sabe que ele está certo e a instituição errada. Por isso não se envergonha, e prega as suas idéias. O imoral só deseja permissão para realizar o seu ato. O herege deseja abolir um mundo e criar um outro.
"
- Rubem A. Alves, em "Liberdade e Ortodoxia: Opostos Irreconciliáveis? Notas preliminares para o exame do problema do Protestantismo", em "Tendências da Teologia no Brasil", página 12, Aste, São Paulo, 1977.
Tuesday, August 11, 2009
Brazilian evangelical leader, 9 others accused of using donations for personal use
From Associated Press, featured at the Chicago Tribune and CBSNEWS World today.
"
TALES AZZONI, Associated Press Writer
August 11, 2009
SAO PAULO (AP) — The founder of one of Brazil's biggest evangelical churches siphoned off billions of dollars in donations from his mostly poor followers to buy jewelry, TV stations and other businesses for himself, authorities charged Tuesday.
A Brazilian judge accepted charges from prosecutors alleging that Bishop Edir Macedo and nine other people linked to the Universal Church of the Kingdom of God committed fraud against the church itself and against its numerous followers.
Sao Paulo state's prosecutors office alleged in a statement that Macedo and the others took more than $2 billion in donations from 2003 to 2008 alone, but charged that the alleged scheme went back 10 years.
Church lawyer Arthur Lavigne told the newspaper Folha de S. Paulo that the accused denied any wrongdoing. Church officials did not respond to attempts to reach them by phone and e-mail.
Prosecutors said the Universal Church of the Kingdom of God receives nearly $800 million in donations every year from faithful in 4,500 temples across Brazil. The church claims to have nearly 8 million followers in Brazil and many more around the world.
Prosecutors said the church tells its members it needs donations — cash, checks, cars and other goods — to finance new temples and to pay for religious programs on radio and TV.
The church allegedly used fake companies to launder the money, moving the assets abroad and then returning them in the form of loans used by Macedo and his accomplices to buy businesses, prosecutors said.
"There is proof that the money from the donations was used to attend to the personal interests of those being accused" and that they took advantage that the donations were not taxed to make investments in personal business, the prosecutors' statement said.
Macedo, who founded the church in 1977, owns a large television network, three newspapers and several radio stations. He also owns a tourism agency and an air taxi company.
In the early 1990s, the Universal Church of the Kingdom of God was investigated for embezzlement and tax evasion, but nothing was ever proven and the church grew stronger.
Brazil is the world's largest Roman Catholic country, but recently the number of evangelicals has grown significantly among its population of about 190 million people.
"
"
TALES AZZONI, Associated Press Writer
August 11, 2009
SAO PAULO (AP) — The founder of one of Brazil's biggest evangelical churches siphoned off billions of dollars in donations from his mostly poor followers to buy jewelry, TV stations and other businesses for himself, authorities charged Tuesday.
A Brazilian judge accepted charges from prosecutors alleging that Bishop Edir Macedo and nine other people linked to the Universal Church of the Kingdom of God committed fraud against the church itself and against its numerous followers.
Sao Paulo state's prosecutors office alleged in a statement that Macedo and the others took more than $2 billion in donations from 2003 to 2008 alone, but charged that the alleged scheme went back 10 years.
Church lawyer Arthur Lavigne told the newspaper Folha de S. Paulo that the accused denied any wrongdoing. Church officials did not respond to attempts to reach them by phone and e-mail.
Prosecutors said the Universal Church of the Kingdom of God receives nearly $800 million in donations every year from faithful in 4,500 temples across Brazil. The church claims to have nearly 8 million followers in Brazil and many more around the world.
Prosecutors said the church tells its members it needs donations — cash, checks, cars and other goods — to finance new temples and to pay for religious programs on radio and TV.
The church allegedly used fake companies to launder the money, moving the assets abroad and then returning them in the form of loans used by Macedo and his accomplices to buy businesses, prosecutors said.
"There is proof that the money from the donations was used to attend to the personal interests of those being accused" and that they took advantage that the donations were not taxed to make investments in personal business, the prosecutors' statement said.
Macedo, who founded the church in 1977, owns a large television network, three newspapers and several radio stations. He also owns a tourism agency and an air taxi company.
In the early 1990s, the Universal Church of the Kingdom of God was investigated for embezzlement and tax evasion, but nothing was ever proven and the church grew stronger.
Brazil is the world's largest Roman Catholic country, but recently the number of evangelicals has grown significantly among its population of about 190 million people.
"
Monday, August 10, 2009
Real World Software Engineering – XXIV
On "why?"
People like to say "It's the 'what' and not the 'how'" as if they found the key to solving major problems in software analysis. I think "why?" is a more important question.
People like to say "It's the 'what' and not the 'how'" as if they found the key to solving major problems in software analysis. I think "why?" is a more important question.
Sunday, August 09, 2009
Caio Fábio no Caminho da Graça em Brasília
Visitei hoje o Caminho da Graça em Brasília, igreja do Caio Fábio.
Pensei em documentar o que vi. O culto que estava marcado para as 19h começou atrazado. (Eu francamente tenho cada vez menos prazer em ouvir pessoas bem intencionadas cantando desafinadas em microfones. E as letras cada vez mais dizem menos.) Interessante como parece que o Caio Fábio se apresenta como uma voz alternativa, a um quasi-anti-establishment, mas como o culto em seu conteúdo parece ser como 99% das outras igrejas evangélicas: louvor, oferta, olhar pro lado e cumprimentar o irmão, pregação, oração final. E o formato também: platéia em cadeiras em filas, grupo de música no palco, pregador no palco com holofote, crianças no seu próprio cultinho.
Sim, gostei porque Caio Fábio parece querer pregar "o evangelho". Gostei porque ele conscientemente adverte sobre certos perigos da religião que penso serem verdadeiros e apropriados.
Contudo, tenho uns problemas ainda com ele:
- Ainda não entendi aquele problema antigo: ficou passado a limpo o episódio do dossiê? Eu não entendi quase nada daquilo, e não vi publicação dele que explicasse. Mas isso não está relacionado a culto exatamente.
- Acho que ele não precisava falar tão difícil. Não que eu não entenda. Não que eu pense que deva-se simplificar, subestimando o ouvinte. Penso que ele enche linguiça muito e desnecessariamente. Ele certamente tem capacidade e conhecimento de conteúdo para falar direta e claramente.
A pergunta seria: por que ele tem escolhido de falar difícil? Eu tenho minha impressão, mas é só impressão. Parece um teatro às vezes. Tudo bem: eu gosto de teatro. Acho que a linguagem do teatro pode ser um veículo de comunicação. Eu consigo ler o personagem. Mas mesmo assim, acho desnecessário. Um efeito indesejável é este meio (e conteúdo) parece atrair classe média alta.
Voltando ao ponto citado inicialmente, sendo uma voz alternativa, eles bem que poderiam tentar refletir isso no formato e conteúdo de outras partes do culto também, a começar com a letra das músicas que são ainda aquelas cheias de clichês de crente, e o formato da reunião (arquitetura do espaço e disposição das pessoas).
Pensei em documentar o que vi. O culto que estava marcado para as 19h começou atrazado. (Eu francamente tenho cada vez menos prazer em ouvir pessoas bem intencionadas cantando desafinadas em microfones. E as letras cada vez mais dizem menos.) Interessante como parece que o Caio Fábio se apresenta como uma voz alternativa, a um quasi-anti-establishment, mas como o culto em seu conteúdo parece ser como 99% das outras igrejas evangélicas: louvor, oferta, olhar pro lado e cumprimentar o irmão, pregação, oração final. E o formato também: platéia em cadeiras em filas, grupo de música no palco, pregador no palco com holofote, crianças no seu próprio cultinho.
Sim, gostei porque Caio Fábio parece querer pregar "o evangelho". Gostei porque ele conscientemente adverte sobre certos perigos da religião que penso serem verdadeiros e apropriados.
Contudo, tenho uns problemas ainda com ele:
- Ainda não entendi aquele problema antigo: ficou passado a limpo o episódio do dossiê? Eu não entendi quase nada daquilo, e não vi publicação dele que explicasse. Mas isso não está relacionado a culto exatamente.
- Acho que ele não precisava falar tão difícil. Não que eu não entenda. Não que eu pense que deva-se simplificar, subestimando o ouvinte. Penso que ele enche linguiça muito e desnecessariamente. Ele certamente tem capacidade e conhecimento de conteúdo para falar direta e claramente.
A pergunta seria: por que ele tem escolhido de falar difícil? Eu tenho minha impressão, mas é só impressão. Parece um teatro às vezes. Tudo bem: eu gosto de teatro. Acho que a linguagem do teatro pode ser um veículo de comunicação. Eu consigo ler o personagem. Mas mesmo assim, acho desnecessário. Um efeito indesejável é este meio (e conteúdo) parece atrair classe média alta.
Voltando ao ponto citado inicialmente, sendo uma voz alternativa, eles bem que poderiam tentar refletir isso no formato e conteúdo de outras partes do culto também, a começar com a letra das músicas que são ainda aquelas cheias de clichês de crente, e o formato da reunião (arquitetura do espaço e disposição das pessoas).
Tuesday, August 04, 2009
Notas de Rodapé Sobre a Missão Integral
Isto é o que eu aprendi sobre Missão Integral:
- MI é coisa nossa (de brasileiros e da América Latina). Não é importada. Se aplica ao nosso contexto.
- Missão Integral é excelente. Precisamos de mais Missão Integral!
- Nos anos 80 a igreja evangélica perdeu tempo respondendo à teologia da prosperidade.
- Nos anos 90 a igreja evangélica perdeu tempo pensando que era Empresa (Com Propósitos).
Isto é, a igreja evangélica não deu muita bola para a Missão Integral ainda.
- Os seminários brasileiros são fracos.
- Existe um desconhecimento da Missão Integral em igrejas evangélicas.
- Existe um trabalho sério e de alta qualidade pensando na Missão Integral. Existem, contudo, poucos exemplos de aplicação da MI em igrejas locais. Talvez porque a ótima produção escrita não tenha sido traduzida ou levada para a prática, isto é, às igrejas.
- Parece que a Missão Integral acaba não envolvendo as igrejas por não ter um componente de eclesiologia. (Talvez por ser "Missão"?)
- Acho que uma mistura das idéias "missionais" seria muito interessante para a Missão Integral (uma boa dose de Michael Frost faria bem)
- A conversa emergente - sem pretensões e sem expectativas - contém um elemento de contextualização cultural que pode ser benéfica para a Missão Integral. A conversa emergente implica na tradução para o Brasil da eclesiologia. (Isto é, a conversa emergente por definição não pode ser enlatada.)
- Existem redes de implementações da Missão Integral na América Latina que merecem citação: La Red del Camino, por exemplo. São exemplos muito bonitos da Missão Integral na prática com o elemento da comunidade de fé envolvida.
- MI é coisa nossa (de brasileiros e da América Latina). Não é importada. Se aplica ao nosso contexto.
- Missão Integral é excelente. Precisamos de mais Missão Integral!
- Nos anos 80 a igreja evangélica perdeu tempo respondendo à teologia da prosperidade.
- Nos anos 90 a igreja evangélica perdeu tempo pensando que era Empresa (Com Propósitos).
Isto é, a igreja evangélica não deu muita bola para a Missão Integral ainda.
- Os seminários brasileiros são fracos.
- Existe um desconhecimento da Missão Integral em igrejas evangélicas.
- Existe um trabalho sério e de alta qualidade pensando na Missão Integral. Existem, contudo, poucos exemplos de aplicação da MI em igrejas locais. Talvez porque a ótima produção escrita não tenha sido traduzida ou levada para a prática, isto é, às igrejas.
- Parece que a Missão Integral acaba não envolvendo as igrejas por não ter um componente de eclesiologia. (Talvez por ser "Missão"?)
- Acho que uma mistura das idéias "missionais" seria muito interessante para a Missão Integral (uma boa dose de Michael Frost faria bem)
- A conversa emergente - sem pretensões e sem expectativas - contém um elemento de contextualização cultural que pode ser benéfica para a Missão Integral. A conversa emergente implica na tradução para o Brasil da eclesiologia. (Isto é, a conversa emergente por definição não pode ser enlatada.)
- Existem redes de implementações da Missão Integral na América Latina que merecem citação: La Red del Camino, por exemplo. São exemplos muito bonitos da Missão Integral na prática com o elemento da comunidade de fé envolvida.
Saturday, August 01, 2009
Histórias Verídicas do Pajé Raoni - 6 - Minha Conversão
Eu tinha uns 7 anos de idade. Minha mãe e eu entramos num táxi no Rio de Janeiro. O motorista parecia muito convicto e devoto, pois havia adesivos e outros penduricalhos dentro do carro. Logo de início me perguntou:
- Pra que time você torce?
- Eu não sei bem... Acho que torço pro Grêmio, mas meu pai é Fluminense. Meus tios torcem pro Bangu.
- Como assim Grêmio, Fluminense e Bangu? Você tem que ser é Flamenguista! O Flamengo é que é o melhor time do mundo.
Seu entusiasmo foi contagiante. Pronto: me tornei um Flamenguista na hora.
Voltando a Porto Alegre, me sentia um pouco dividido. Afinal, estando lá a pressão era grande por escolher um time local. Sempre gostei do Grêmio, apesar de entender que a norma era ter um time. Ia inclusive de vez em quando aos jogos no Domingo. Devo ter ido a mais jogos do Grêmio que do Flamengo.
Nunca fui um Flamenguista engajado. Raramente sabia os nomes dos jogadores além de um ou outro. Não sabia em que posição estava na tabela. Via os jogos na TV quando dava. Não fazia parte da torcida organizada (nunca conheci ninguém da torcida organizada. Seriam eles chatos querendo me convencer a entrar? Ou seriam eles segmentários, evitando a entrada de torcedores não-fanáticos?) Eu não era fanático. Eu me considerava e me considero um Flamenguista. Mas será que eu era realmente um?
Eu gostava de vôlei. Gostava de assistir a jogos na TV de vôlei. Será que não era apropriado gostar de vôlei e torcer para um time de futebol?
- Pra que time você torce?
- Eu não sei bem... Acho que torço pro Grêmio, mas meu pai é Fluminense. Meus tios torcem pro Bangu.
- Como assim Grêmio, Fluminense e Bangu? Você tem que ser é Flamenguista! O Flamengo é que é o melhor time do mundo.
Seu entusiasmo foi contagiante. Pronto: me tornei um Flamenguista na hora.
Voltando a Porto Alegre, me sentia um pouco dividido. Afinal, estando lá a pressão era grande por escolher um time local. Sempre gostei do Grêmio, apesar de entender que a norma era ter um time. Ia inclusive de vez em quando aos jogos no Domingo. Devo ter ido a mais jogos do Grêmio que do Flamengo.
Nunca fui um Flamenguista engajado. Raramente sabia os nomes dos jogadores além de um ou outro. Não sabia em que posição estava na tabela. Via os jogos na TV quando dava. Não fazia parte da torcida organizada (nunca conheci ninguém da torcida organizada. Seriam eles chatos querendo me convencer a entrar? Ou seriam eles segmentários, evitando a entrada de torcedores não-fanáticos?) Eu não era fanático. Eu me considerava e me considero um Flamenguista. Mas será que eu era realmente um?
Eu gostava de vôlei. Gostava de assistir a jogos na TV de vôlei. Será que não era apropriado gostar de vôlei e torcer para um time de futebol?
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