Meu querido teólogo (a quem não conheço),
O senhor poderia por favor falar em linguagem corriqueira também? Eu não agüento mais encheção de lingüiça. Não estou falando de pôr água no feijão ou de subestimar o ouvinte, "dumbing down" a mensagem. Acredito firmemente que é possível comunicar com linguagem acessível sem comprometer o conteúdo. Às vezes começo a desconfiar que apesar da fala bonita não há conteúdo, por mais que me esforce vez após vez a compreender o que é dito. (Já falei que eu não agüento mais encheção de lingüiça? )
Do seu amigo,
K-fé
(um tanto sem paciência hoje)
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Tuesday, May 26, 2009
Friday, May 15, 2009
Histórias Verídicas do Pajé Raoni - 3 - Tudo sob Controle
Um tempo atrás, o Pajé Raoni estava tentando dar aula de Escola Bíblica Dominical para jovens. Era algo que tomava bastante tempo, e francamente não consegui achar coisas que estimulassem muito os jovens a estenderem a prática cristã além de Domingo, ou fomentar notavelmente uma consciência social. Em todo o caso, eu de vez em quando tinha que trazer algum entretenimento.
Um Domingo mostrei o filme Le Fameux Destin d'Amélie Poulain. Passei horas tentando editar o filme em casa antes, tentando tirar as cenas eróticas, mas não consegui. O resultado foi eu combinar com o pessoal da sala de fechar os olhos quando eu dissesse. Funcionou! Pulou a cena da Amélie fazendo sexo, além de outras cenas onde ela entra no Sex Shop procurando o homem misterioso. Nesse Domingo não teve inspeção.
(Gosto muito da história do filme de Amélie. Mostra como Amélie se desperta para vida e como leva as pessoas perto e longe junto nesse despertar)
Pois bem, certa vez levei um vídeo do Newsboys. Sei que é entretenimento, mas nem só de pão vive o homem. Pelo menos eles têm um ar alternativo. Buenas, nesse dia veio o tio lá de cima pegar não sei o que na sala, e viu de relance o que tava passando. Suas filhas estavam na sala também, o que era raro. Perguntou "O que é isso?"
Eu calmamente respondi : "Newsboys". E esperei uns 4 segundos, lendo a reação de dúvida e desconfiança no rosto dele. Claro que era "estranho" (para o público de igreja). Claro que o visual deles era "estranho" (para o público de igreja). Depois complementei:
"É um grupo cristão. Acho que são da Austrália ou Nova Zelândia talvez." Como se o fato de ser de outro país de repente explicasse a estranheza.
Moral da história: enquanto o grupo de jovens estiver bem comportado e dentro da salinha da EBD, tudo está bem. Enquanto estivermos abrindo a Bíblia e explicando moral e bons costumes, tudo bem. Enquanto estivermos decorando versículos isolados, tudo bem. Tudo sob controle.
(veja abaixo um trecho do vídeo do Newsboys)
Um Domingo mostrei o filme Le Fameux Destin d'Amélie Poulain. Passei horas tentando editar o filme em casa antes, tentando tirar as cenas eróticas, mas não consegui. O resultado foi eu combinar com o pessoal da sala de fechar os olhos quando eu dissesse. Funcionou! Pulou a cena da Amélie fazendo sexo, além de outras cenas onde ela entra no Sex Shop procurando o homem misterioso. Nesse Domingo não teve inspeção.
(Gosto muito da história do filme de Amélie. Mostra como Amélie se desperta para vida e como leva as pessoas perto e longe junto nesse despertar)
Pois bem, certa vez levei um vídeo do Newsboys. Sei que é entretenimento, mas nem só de pão vive o homem. Pelo menos eles têm um ar alternativo. Buenas, nesse dia veio o tio lá de cima pegar não sei o que na sala, e viu de relance o que tava passando. Suas filhas estavam na sala também, o que era raro. Perguntou "O que é isso?"
Eu calmamente respondi : "Newsboys". E esperei uns 4 segundos, lendo a reação de dúvida e desconfiança no rosto dele. Claro que era "estranho" (para o público de igreja). Claro que o visual deles era "estranho" (para o público de igreja). Depois complementei:
"É um grupo cristão. Acho que são da Austrália ou Nova Zelândia talvez." Como se o fato de ser de outro país de repente explicasse a estranheza.
Moral da história: enquanto o grupo de jovens estiver bem comportado e dentro da salinha da EBD, tudo está bem. Enquanto estivermos abrindo a Bíblia e explicando moral e bons costumes, tudo bem. Enquanto estivermos decorando versículos isolados, tudo bem. Tudo sob controle.
(veja abaixo um trecho do vídeo do Newsboys)
Wednesday, May 13, 2009
Real World Software Engineering – XXIII
On the intuition of risk of throw-away code
At times, while I'm creating software, I have a feeling (and it is just a feeling) that what I'm creating is going to the garbage. Being subjective, there is no way at the time to be sure if the preoccupation is warranted or not. I think that this feeling arises out of different factors:
- knowing that you are coding something for a requirement that brings little value to the end user. Apparently the business thought about the requirement, but you are not convinced.
- knowing that you are coding something for a requirement that is not firm in consensus.
- knowing that you are coding something for a requirement that is not well understood by the client. (The client may 'know' the requirement but not 'master' it. When that happens there's risk in the requirement.)
- knowing that you are introducing dependencies into other software that were not debated in the group/project.
- knowing that you are coding something for a requirement which is not explicit, that you think you are going to need but you are not so sure. That is, if you do not code it, there's the risk that there will be a 'bug' created saying that your feature is not complete.
At times, while I'm creating software, I have a feeling (and it is just a feeling) that what I'm creating is going to the garbage. Being subjective, there is no way at the time to be sure if the preoccupation is warranted or not. I think that this feeling arises out of different factors:
- knowing that you are coding something for a requirement that brings little value to the end user. Apparently the business thought about the requirement, but you are not convinced.
- knowing that you are coding something for a requirement that is not firm in consensus.
- knowing that you are coding something for a requirement that is not well understood by the client. (The client may 'know' the requirement but not 'master' it. When that happens there's risk in the requirement.)
- knowing that you are introducing dependencies into other software that were not debated in the group/project.
- knowing that you are coding something for a requirement which is not explicit, that you think you are going to need but you are not so sure. That is, if you do not code it, there's the risk that there will be a 'bug' created saying that your feature is not complete.
Monday, May 11, 2009
Corrida Espacial
Eu gostava muito do Capitão Guapo e Branquinho que se transformavam em Falsão e Trambique.
A nave espacial do Capitão Guapo tinha um botão que mudava a personalidade da dupla.
Era interessante pensar que a mesma pessoa sorridente, perfeita, amável, atlética, limpinha e cheia de boas intenções por iniciativa própria apertava o botão para assumir a identidade de um vilão sujo e corcunda. O botão da hipocrisia é o máximo!
Hoje os personagens mostram-se como caricaturas do estereótipo comum de comportamento do crente. Eu não consigo modelar mais o mundo entre mocinhos e bandidos. Descarto rapidamente essas polarizações e simplificações.
(
Richard Handler escreveu
'
Para Scruton, a religião não tem que ser desprovida de ironia. Por exemplo, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, diz ele, estão cheios de ironias deliberadas.
Um exemplo, diz Scruton, é a maneira como Cristo lidou com a mulher acusada de adultério. "Que atire a primeira pedra aquele que não tem pecado", diz Jesus ao grupo. (A tradução: dá um tempo, rapaziada. Vocês querem punir alguém por algo que vocês sonham o tempo todo?)
A nave espacial do Capitão Guapo tinha um botão que mudava a personalidade da dupla.
Era interessante pensar que a mesma pessoa sorridente, perfeita, amável, atlética, limpinha e cheia de boas intenções por iniciativa própria apertava o botão para assumir a identidade de um vilão sujo e corcunda. O botão da hipocrisia é o máximo!
Hoje os personagens mostram-se como caricaturas do estereótipo comum de comportamento do crente. Eu não consigo modelar mais o mundo entre mocinhos e bandidos. Descarto rapidamente essas polarizações e simplificações.
(
Richard Handler escreveu
'
Para Scruton, a religião não tem que ser desprovida de ironia. Por exemplo, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, diz ele, estão cheios de ironias deliberadas.
Um exemplo, diz Scruton, é a maneira como Cristo lidou com a mulher acusada de adultério. "Que atire a primeira pedra aquele que não tem pecado", diz Jesus ao grupo. (A tradução: dá um tempo, rapaziada. Vocês querem punir alguém por algo que vocês sonham o tempo todo?)
Para Scruton, o Cristianismo fez a "ironia central na sua mensagem". Ele cita o filósofo Soren Kierkegaard que diz que a ironia é a virtude que une Sócrates e Cristo.' )
Thursday, May 07, 2009
Igreja emergindo, pós-colonialismo, Brian McLaren
Brian McLaren escreveu:
"
Kenzo explica:
Não Um Pedaço Mas Uma Borda Crescente
[...] Nós não nos vemos como a igreja emergente - significando um pedaço, setor, ou divisão da igreja que é mais ou menos análogo a "a igreja carismática" ou "a seeker church". Ao invés, nós nos vemos como a igreja emergindo, dando a entender uma borda crescente da igreja no todo em todas as suas formas, se estendendo das margens para novos territórios além do Cristianismo moderno e ocidental.
[...]
Ao avançar a conversa do pós-modernismo para o pós-colonialismo, nós construímos desde tópicos teóricos do conhecimento, linguagem, verdade e certeza até assuntos intensamente éticos e práticos de violência, dominação, justiça, e poder (lembrando que justiça é, em seu cerne, um abuso do poder outorgado por Deus) Este parece ser para mim o caminho de esperança.
"
Trechos do capítulo 12 intitulado "Igreja emergindo" do livro "An Emergent Manifesto of Hope".
ISBN 978-0-8010-6807-2 (pbk.)
Editora: Baker Books
Tradução: K-fé
Participe da campanha 'Ampliando a conversa emergente' pedindo a editoras para traduzirem mais livros sobre o assunto.
"
Kenzo explica:
' Teologia em um contexto pós-colonial é um tópico altamente político. Teologias pós-coloniais não se darão por satisfeitas com uma posição nas margens de seus ocidentais respectivos. Ao invés, elas tentarão subtilmente tornar a margem em centro, rompendo assim a serenidade alicerçada sobre a premissa de que as formulações ocidentais são auto-evidentes. Assim fazendo elas mostram muita criatividade... É possível vislumbrar essa criatividade em projetos teológicos que têm recentemente vindo da África, nos quais categorias Cristológicas clássicas herdadas da Calcedônia são reabertas para dar lugar a [categorias] Africanas. O resultado é uma Cristologia híbrida onde Cristo é adorado como "Chefe" (Kabasele), "Ancestral" (Pobee, Bujo, Bediako, e Nyamiti), "Mestre de iniciação" (Sanon), "Curandeiro" (Kolié), ou "Irmão Mais Velho" (Kabasele). '
Não Um Pedaço Mas Uma Borda Crescente
[...] Nós não nos vemos como a igreja emergente - significando um pedaço, setor, ou divisão da igreja que é mais ou menos análogo a "a igreja carismática" ou "a seeker church". Ao invés, nós nos vemos como a igreja emergindo, dando a entender uma borda crescente da igreja no todo em todas as suas formas, se estendendo das margens para novos territórios além do Cristianismo moderno e ocidental.
[...]
Ao avançar a conversa do pós-modernismo para o pós-colonialismo, nós construímos desde tópicos teóricos do conhecimento, linguagem, verdade e certeza até assuntos intensamente éticos e práticos de violência, dominação, justiça, e poder (lembrando que justiça é, em seu cerne, um abuso do poder outorgado por Deus) Este parece ser para mim o caminho de esperança.
"
Trechos do capítulo 12 intitulado "Igreja emergindo" do livro "An Emergent Manifesto of Hope".
ISBN 978-0-8010-6807-2 (pbk.)
Editora: Baker Books
Tradução: K-fé
Participe da campanha 'Ampliando a conversa emergente' pedindo a editoras para traduzirem mais livros sobre o assunto.
Monday, May 04, 2009
Pregando o evangelho
Há uma história que diz que São Francisco de Assis tinha um seguidor que queria aprender a evangelizar. São Francisco convidou-o para passar um dia consigo. Eles andaram entre os pobres de Assis cuidando deles, alimentando-os. No final do dia, o seguidor pergunto a São Francisco quando eles iriam pregar. São Francisco respondeu "Nós já temos pregado".
Histórias Verídicas do Pajé Raoni - 2 - Bênção de Toronto
Em um certo dia de Abril de 1998, eu estava em um hotel em Toronto. Esperava alguns papéis do Brasil para enviar para o consulado Canadense em Buffalo, em Nova Iorque. Olhei para fora da janela e vi penas de pombas caindo. Enquanto isso, concentrava-me no computador, procurando sarna para me coçar (como sempre). Olhei mais atentamente para a janela. As penas de pombo não paravam de cair. Devia ter muito pombo em cima do hotel. Olhei melhor. Não eram penas de pombos. Era neve. Um sinal de que estava sozinho em terra estranha.
Surfando na Internet em um tempo de descobertas, achei a famosa igreja do Aeroporto de Toronto. Mais precisamente, Toronto Airport Community Fellowship. Queria conhecer a famosa igreja da Bênção de Toronto.
Eu sabia um pouco da história dessa igreja. Sabia que fazia parte da associação Vineyard de igrejas do Canadá, mas que havia sido 'expulsa' por sua doutrina de 'sinais e maravilhas'. Basicamente, sua doutrina ensinava que uma igreja era autêntica apenas se demonstrasse sinais e maravilhas.
Peguei mapas, vi horários de ônibus. Peguei ônibus, andei, me perdi, andei mais, e consegui chegar lá. Era um Sábado de noite. A comunidade ficava em Mississauga, do lado de Toronto, a uns 20 minutos de carro (1h e meia de ônibus e andando...).
O lugar era como um galpão com várias cadeiras. Na minha frente estava uma mulher que tinha o braço atrofiado. Durante a música, tinha uns tremeliques e mexia seus braços de forma caótica. Muita emoção, muita comoção. Muito cansaço.
O 'pastor principal' estava presente. Falou sobre como tinha ido em uma missão entre os Esquimós na Rússia.
Perto do final do culto, pediram para todas as pessoas ficarem em círculo, sobre a linha. (Acho que os Canadenses gostam de fila.) Sim, havia uma linha no chão, e todos deveriam ficar de pé em cima da linha. Eu não estava entendendo bem aquilo. Era simples: enquanto os diáconos oravam e impunham as mãos sobre as pessoas, estas iam caindo. A linha ajudava as pessoas a não caírem umas sobre as outras.
Era difícil de saber quando era o final do culto. Provavelmente porque culto longo era indicativo de 'sair do roteiro', e 'sair do roteiro' seria um sinal de que o Espírito Santo estaria guiando o culto.
No 'final do culto', por assim dizer, procurei alguém para ver se me dava carona de volta para Toronto. Falei com o pastor sobre minha procura por uma carona. Ele prontamente não fez nada. Minha visita à igreja do Aeroporto de Toronto terminou com eu ligando pra um taxi. A corrida de volta pra Toronto me custou cerca de 50 dólares com gorjeta.
Surfando na Internet em um tempo de descobertas, achei a famosa igreja do Aeroporto de Toronto. Mais precisamente, Toronto Airport Community Fellowship. Queria conhecer a famosa igreja da Bênção de Toronto.
Eu sabia um pouco da história dessa igreja. Sabia que fazia parte da associação Vineyard de igrejas do Canadá, mas que havia sido 'expulsa' por sua doutrina de 'sinais e maravilhas'. Basicamente, sua doutrina ensinava que uma igreja era autêntica apenas se demonstrasse sinais e maravilhas.
Peguei mapas, vi horários de ônibus. Peguei ônibus, andei, me perdi, andei mais, e consegui chegar lá. Era um Sábado de noite. A comunidade ficava em Mississauga, do lado de Toronto, a uns 20 minutos de carro (1h e meia de ônibus e andando...).
O lugar era como um galpão com várias cadeiras. Na minha frente estava uma mulher que tinha o braço atrofiado. Durante a música, tinha uns tremeliques e mexia seus braços de forma caótica. Muita emoção, muita comoção. Muito cansaço.
O 'pastor principal' estava presente. Falou sobre como tinha ido em uma missão entre os Esquimós na Rússia.
Perto do final do culto, pediram para todas as pessoas ficarem em círculo, sobre a linha. (Acho que os Canadenses gostam de fila.) Sim, havia uma linha no chão, e todos deveriam ficar de pé em cima da linha. Eu não estava entendendo bem aquilo. Era simples: enquanto os diáconos oravam e impunham as mãos sobre as pessoas, estas iam caindo. A linha ajudava as pessoas a não caírem umas sobre as outras.
Era difícil de saber quando era o final do culto. Provavelmente porque culto longo era indicativo de 'sair do roteiro', e 'sair do roteiro' seria um sinal de que o Espírito Santo estaria guiando o culto.
No 'final do culto', por assim dizer, procurei alguém para ver se me dava carona de volta para Toronto. Falei com o pastor sobre minha procura por uma carona. Ele prontamente não fez nada. Minha visita à igreja do Aeroporto de Toronto terminou com eu ligando pra um taxi. A corrida de volta pra Toronto me custou cerca de 50 dólares com gorjeta.
Sunday, May 03, 2009
Histórias Verídicas do Pajé Raoni - parte 1
Levantei na igreja na hora dos anúncios e falei em Inglês:
- Irmãos, nós já vencemos os Devils (demônios), não?
As pessoas olhavam umas para as outras sem entenderem meu recado. Pois o time de hockey de Ottawa haviam ganho dos New York Devils na noite de Sábado. Expliquei o trocadilho e as pessoas entenderam. Convidei os homens e mulheres da igreja para irem a um pub perto dali no Sábado seguinte para ver um outro jogo dos Senators nos playoffs (rodada final de hockey). Não era muito fã de hockey, mas ainda estava procurando fazer as pessoas saírem das paredes do templo e criarem relacionamentos.
Sábado, no dia e hora marcados, não vem ninguém. Achava que pelo menos o pastor viria. Contive-me para não pedir uma cerveja, apesar de considerar isso um moralismo falso de mim mesmo. Muito tempo depois, chega o pastor. Atrazado como de costume. O ângulo da mesa para o telão estava ruim, mas tudo bem.
Notei o desconforto do pastor. O pub tinha luzes neon e garçonetes. Um ruído constante de fundo das conversas e risos. Além da TV grande. Tínhamos quase que gritar para conversar. Seu desconforto era notório. Mas ele não podia deixar de me felicitar pela iniciativa de juntar os homens da igreja, até mesmo porque não tinha nada que acontecia além dos cultos de Domingo e quarta-feira.
- Muito boa essa idéia, Pajé. Vamos fazer isso mais frequente. Vamos fazer lá em casa da próxima vez. Vou fazer uma pipoca, e assistimos o jogo lá em casa.
Não oferecia tanto uma conveniência. Mostrava uma angústia de estar em um lugar onde não tinha controle, onde não era seu território. Estava fora da bolha. Estava "no mundo".
Disse que prefiria mais o pub sem maiores explicações. Depois de tentativas anteriores frustradas, sabia que seria fútil tentar ter uma conversa equilibrada e honesta.
Pois é, pr. Já pensou como os visitantes se sentem entrando no templo? Pois bem, compartilhou um pouco desse sentimento de entrar em um lugar desconhecido e não ter o controle.
(Não deixe de ler também o texto "Encontrando Jesus no Bar" de Heather Kirk-Davidoff)
- Irmãos, nós já vencemos os Devils (demônios), não?
As pessoas olhavam umas para as outras sem entenderem meu recado. Pois o time de hockey de Ottawa haviam ganho dos New York Devils na noite de Sábado. Expliquei o trocadilho e as pessoas entenderam. Convidei os homens e mulheres da igreja para irem a um pub perto dali no Sábado seguinte para ver um outro jogo dos Senators nos playoffs (rodada final de hockey). Não era muito fã de hockey, mas ainda estava procurando fazer as pessoas saírem das paredes do templo e criarem relacionamentos.
Sábado, no dia e hora marcados, não vem ninguém. Achava que pelo menos o pastor viria. Contive-me para não pedir uma cerveja, apesar de considerar isso um moralismo falso de mim mesmo. Muito tempo depois, chega o pastor. Atrazado como de costume. O ângulo da mesa para o telão estava ruim, mas tudo bem.
Notei o desconforto do pastor. O pub tinha luzes neon e garçonetes. Um ruído constante de fundo das conversas e risos. Além da TV grande. Tínhamos quase que gritar para conversar. Seu desconforto era notório. Mas ele não podia deixar de me felicitar pela iniciativa de juntar os homens da igreja, até mesmo porque não tinha nada que acontecia além dos cultos de Domingo e quarta-feira.
- Muito boa essa idéia, Pajé. Vamos fazer isso mais frequente. Vamos fazer lá em casa da próxima vez. Vou fazer uma pipoca, e assistimos o jogo lá em casa.
Não oferecia tanto uma conveniência. Mostrava uma angústia de estar em um lugar onde não tinha controle, onde não era seu território. Estava fora da bolha. Estava "no mundo".
Disse que prefiria mais o pub sem maiores explicações. Depois de tentativas anteriores frustradas, sabia que seria fútil tentar ter uma conversa equilibrada e honesta.
Pois é, pr. Já pensou como os visitantes se sentem entrando no templo? Pois bem, compartilhou um pouco desse sentimento de entrar em um lugar desconhecido e não ter o controle.
(Não deixe de ler também o texto "Encontrando Jesus no Bar" de Heather Kirk-Davidoff)
Podcast do Renovatio Café
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Veja também:
http://www.renovatiocafe.com/index.php/Table/Renovatio-Cafe/Podcast/
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