A nave espacial do Capitão Guapo tinha um botão que mudava a personalidade da dupla.
Era interessante pensar que a mesma pessoa sorridente, perfeita, amável, atlética, limpinha e cheia de boas intenções por iniciativa própria apertava o botão para assumir a identidade de um vilão sujo e corcunda. O botão da hipocrisia é o máximo!
Hoje os personagens mostram-se como caricaturas do estereótipo comum de comportamento do crente. Eu não consigo modelar mais o mundo entre mocinhos e bandidos. Descarto rapidamente essas polarizações e simplificações.
(
Richard Handler escreveu
'
Para Scruton, a religião não tem que ser desprovida de ironia. Por exemplo, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, diz ele, estão cheios de ironias deliberadas.
Um exemplo, diz Scruton, é a maneira como Cristo lidou com a mulher acusada de adultério. "Que atire a primeira pedra aquele que não tem pecado", diz Jesus ao grupo. (A tradução: dá um tempo, rapaziada. Vocês querem punir alguém por algo que vocês sonham o tempo todo?)
Para Scruton, o Cristianismo fez a "ironia central na sua mensagem". Ele cita o filósofo Soren Kierkegaard que diz que a ironia é a virtude que une Sócrates e Cristo.' )
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