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Thursday, January 14, 2010

Missão Integral: a realidade do meu semelhante

"Deus ama a justiça, e ninguém que tenha nascido de Deus pode permanecer indiferente diante da exploração e da injustiça, da probreza e da fome que afligem seus semelhantes." p. 76

"Creio que o que falta são, em poucas palavras, pessoas cuja vida pessoal e comunitária estejam genuinamente orientadas para o reino de Deus e sua justiça. Pessoas que creem que o propósito de Deus é unir todas as coisas sob a autoridade de Cristo [...]" p. 53

Trechos do livro "O Que é Missão Integral?" por C. René Padilla, Editora Ultimato, ISBN 978-85-7779-031-9.

Realmente "ninguém que tenha nascido de Deus pode permanecer indiferente diante da exploração e da injustiça, da probreza e da fome que afligem seus semelhantes". Contudo, várias vezes as pessoas não têm autoconsciência das limitações de suas percepções da realidade. O filme "Manufacturing Consent: Noam Chomsky and the Media" demonstra isso claramente. Muito comumente a visão do semelhante é deturpada, proselitista, estigmatizada, etc. O indivíduo precisa primeiramente ter essa autoconsciência. O indivíduo também precisa caminhar com seus semelhantes, experimentando a exploração, a injustiça, a pobreza e a fome junto com seus semelhantes. Só assim há chances de perceber a realidade do outro. (Que desafio!)

Um outro problema no qual devemos pensar é o seguinte: às vezes o pensamento 'moderno' de produção em massa nos vem à mente muito rapidamente. Somos ensinados que o indivíduo é a base de tudo e que a família "é o núcleo da sociedade". O próximo passo seria pensar que características de cidades e nações inteiras são derivadas desses 'núcleos', e que é possível mudar o macro pelo micro. "Think global, act local" (ou "act loco" como já vi escrito)  O problema são as forças invisíveis. Os melhores filmes que demonstram isso são "Home" de Yann Arthus-Bertrand e "The Corporation". Mesmo que seja possível criar micro-comunidades que vivam e encarnem o reino de Deus, de onde vem a idéia de que isso automaticamente se propagaria para as grandes construções/instituições políticas?

Sobre a linguagem de submissão presente em parágrafos do livro como em "sob a autoridade" já escrevi em um post anterior.

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