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Thursday, April 14, 2011

Direitos Humanos - comentários aleatórios - parte 4

Este post comenta a aula 8 sobre Direitos Humanos da Universidade da Califórnia em Berkley. O curso inteiro está disponível na Internet. Link aqui. As aulas foram dadas pelo professor Thomas W. Laqueur, contando com a participações eventuais de outros professores.

Nesta aula, Namwali Serpell, professora de Literatura Inglesa, é convidada especial.


Professor Laqueur começa falando sobre o Congo.
Acontece um grande congresso em Berlim em 1885, convicado por Otto Eduard Leopold von Bismarck para definir a partilha da África. (Além do fato assustador de se partilhar um território entre indivíduos, é preciso notar que nenhum africano estava presente na reunião). O Rei Leopoldo da Bélgica, que nem estava presente na reunião, consegue o Congo inteiro como sua propriedade particular! Sim, um território maior que a Europa toda. Dizia o Rei Leopoldo que queria cristianizar esta parte da África. Mas ao invés de levar cristianismo ao Congo, ele decide explorar toda a borracha do Congo. A borracha nessa época estava em alta demanda. E o rei Leopoldo explorou a borracha no Congo com grande brutalidade.

Edmund Dene Morel era um jornalista inglês, filho de Quakers. Morel foi ao Congo e documentou a escravidão e abusos de direitos humanos. Morel era responsávelo pela alfândega do Congo. Ele notou que produtos só saíam do Congo e nada entrava. De acordo com Laqueur, Morel faz parte do mesmo grupo de pessoas que participaram em reformas de prisões, de fábricas, contra o trabalho infantil, etc. Ele era mais radical que a maioria dos outros 'religiosos'. Ele entendeu que este caso (Congo) não era só um mal, mas uma instância de um sistema mau. Ele gastou a sua vida mobilizando pessoas. 

George Washington Williams era um pastor Batista americano, militar e historiador. Ele primeiramente acha que o Rei Leopoldo da Bélgica é muito bom e deseja reunir um grupo de missionários para enviar ao Congo. Ele então visita o rei Leopoldo para falar de seu desejo. Ele vai ao Congo antes para conhecer o lugar. Rei Leopoldo de forma hipócrita diz que o que faz lá é um compromisso cristão com os pobres africanos. No Congo, Williams vê os horrores do tratamento dos congoleses. Desiludido, Williams escreve então um livro. Dá-se conta de que Leopoldo é um tirano, que estavam criando acampamentos militares com europeus e africanos mercenários. Que estavam lá basicamente para explorar o lugar. Williams faz relatos de grandes agressões contra a vida dos congoleses. Descreve, por exemplo, como europeus atiravam em congoleses aleatoreamente, sem motivo. Williams não manda seus missionários e morre logo após.









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