Em um post, Thiago Mendanha comenta a palavra "instituição" citando um outro post do Sandro Baggio. Eu gosto da expressão "pílula vermelha". Claro, porque me lembra do filme The Matrix. A questão para mim não é tanto a institucionalização da igreja, mas mais a percepção da realidade. É, portanto, uma questão filosófica mais fundamental. É uma questão de epistemologia. Como indivíduos ou como comunidade, percebemos a realidade à nossa volta antes mesmo de assumirmos uma identidade de "igreja", com ou sem institucionalidade. A falsa guerra contra "instituições" pode estar escolhendo bodes expiatórios equivocados. Me lembra a guerra contra as denominações décadas atrás, quando era moda dizer que tal igreja não tinha denominação (fenômeno comum principalmente com igrejas carismáticas/independentes/neo-pentecostais). Me lembro de ouvir falar de uma Igreja Presbiteriana Independente Independente, por exemplo. A questão da percepção da realidade é mais interessante, porque é o início da discussão sobre identidade. Daí vem a discussão sobre missão.
Simplificando a coisa, na parábola do bom samaritano, o bom samaritano percebeu a realidade. E agiu. O sacerdote e o levita quase "perceberam a realidade", mas não agiram. Eles ignoraram o judeu assaltado e quase morto. Isto é, eles ignoraram a realidade. O bom samaritano tomou a pílula vermelha. Apesar de não pertencer a nenhuma igreja. (Ai, Jesus, o Senhor quis dizer que participar de igreja nos torna insensíveis à realidade? Acho que não. Mas o perigo tá aí.)
1 comment:
Nossa, Gustavo...
...escreveu pouco mas disse tudo :P
Talento é outra história mesmo... rs
Cara, essa é a questão! Estarmos atentos, vigilantes e participantes da realidade! E qualquer artifício que nos torne alheios e alienados à realidade, ao próximo, tanto a instituição quanto a falta dela será nociva!
Grande abraço brother, e valeu pela "apologia"... :P
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