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Saturday, July 19, 2014
Pequeno trecho do livro Teologia Indecente de Marcella Althaus-Reid
"Lembro-me do absurdo daquele bispo dirigindo-se a mim com satisfação evidente de um homem falando com uma mulher nativa quem ele presumiu ser analfabeta, simples e pobre, mas com uma fé forte. Na verdade, eu era uma estudante universitária e se eu era pobre, não era pela falta de trabalho (eu tinha dois na época) mas por causa da hiper-inflação. Mais ainda, eu era uma mulher indecente. Do tipo que na época, quando o regime militar promovia valores familiares, tinha decidido não se casar, mas viver sozinha e amar um homem gay."
Friday, September 18, 2009
Notas de Rodapé - Entrevista com Marta Pelloni
Wednesday, February 11, 2009
4 de julio: la masacre de San Patricio
Antes de tudo: veja o filme!
Before anything: watch the movie!

Citação da entrevista com o Prof. Mariano Pinasco na revista IHU Online:
"Melhor que, diante do que estamos fazendo, fiquem quietos, calem.” Eram frases deste teor que ditadores argentinos lançavam sobre membros da comunidade palotina de San Patricio, no período de repressão que assolou o país, diante de crimes que vão desde tortura até a morte. Um dos motivos para esta perseguição talvez estivesse no comprometimento claro e profético dos palotinos, diante do momento que a Argentina vivia, conforme aponta o Prof. Dr. Pe. Mariano Pinasco, religioso palotino, em entrevista concedida por e-mail à revista IHU On-Line.
Em 6 de julho de 1976, cinco dos religiosos que integravam a congregação foram brutalmente assassinados. Para Pinasco, os assassinos do Massacre de San Patricio, na Argentina, queriam uma Igreja que ficasse quieta, que não denunciasse a tragédia que a sociedade estava vivendo. A memória destes grandes mártires do século XX continua viva, nos dias de hoje. “O sangue derramado por essa comunidade poderá ser o alicerce para a construção de uma nova sociedade com um jeito também diferente de ser igreja. Uma igreja que volte às suas origens, comprometida até a morte com o ser humano.”
IHU On-Line - Por que os palotinos foram assassinados no Massacre de San Patricio?
Mariano Pinasco - Existem várias teorias ou especulações sobre o crime cometido contra a comunidade palotina de San Patricio. Uma delas seria o fato de dar um golpe contra a Igreja Católica em geral, quer dizer, uma mensagem para a Igreja no começo da cruel ditadura militar sofrida na Argentina: “Melhor que, diante do que estamos fazendo, fiquem quietos, calem”. Outra linha de pesquisa nos pode conduzir ao próprio testemunho que a comunidade dos cinco religiosos dava nas tarefas evangelizadoras por eles realizadas, especialmente por alguns dos seus membros, mas certamente não foi um fato isolado dentro do contexto de morte e destruição que a sociedade Argentina vivia a partir da violência sistemática gerada desde um Estado repressor.
IHU On-Line - Que posturas políticas eles tinham para serem perseguidos pela ditadura Argentina?
Mariano Pinasco – Certamente, alguns dos membros dessa comunidade tinham um compromisso claro e profético diante da situação de regime militar que estava se vivendo na Argentina. Qualquer palavra que se dissesse contra os métodos utilizados pela cruel ditadura era praticamente uma condenação de morte. Desde o púlpito da paróquia de San Patricio, se denunciavam os fatos terríveis que estavam acontecendo na Argentina e isso foi feito na frente de uma congregação composta por fiéis que, em muitos dos casos, ocupavam lugares de privilégio na sociedade, num dos bairros mais ricos da cidade de Buenos Aires. Essas denúncias certamente originaram mais de um comentário nos círculos fechados que apoiavam a ditadura militar e isso ajudou para que a comunidade fosse “marcada” para morrer.
IHU On-Line - Quais eram suas atividades na Argentina?
Mariano Pinasco - A comunidade era composta de três sacerdotes que se ocupavam do trabalho pastoral tipicamente paroquial urbano e, além disso, o Pe. Alfredo Kelly, pároco de San Patricio, era o diretor de uma importante escola de catequistas em Buenos Aires. A comunidade palotina de San Patricio estava também composta pela comunidade de formação, ou seja, os seminaristas da congregação, que eram seis – dois deles assassinados. A paróquia era muito ativa, e os jovens ocupavam um lugar de destaque nas atividades paroquiais. Uma das legendas que os assassinos picharam nas paredes da casa paroquial na noite do crime, como um motivo justificativo do horrível fato, referia-se justamente a eles: “por perverter as mentes virgens de nossos jovens”. Isso também indicaria um dos motivos do crime.
IHU On-Line - Quais foram as circunstâncias em que ocorreu o Massacre de San Patricio?
Mariano Pinasco - O massacre de San Patricio se origina num contexto que não escapa do contexto que a América Latina viveu na década dos anos 1970. A partir de março de 1976, foi derrubado o governo democrático na Argentina - na época, o país era presidido por Isabel Perón e passou a ser comandado por Jorge Rafael Videla - e começou uma sangrenta ditadura encabeçada pelos militares. A partir daí, começa a execução de um plano sistemático de repressão e de extermínio de tudo aquilo que era participação popular na vida política, no mundo do trabalho e na ação de social. Instaurou-se o terrorismo de Estado que reprimiu, desapareceu e assassinou um bom numero de cidadãos, como parte de um plano muito bem pensado. Foi certamente um regime de terror que silenciou e edificou uma sociedade cheia de medos. Anos de terror se instalaram numa sociedade que durante quase oito anos viveu perseguida, silenciada e paralisada pelo medo.
[...]
Notas do K-fé:
Os nomes dos 5 religiosos mortos:
Salvador Barbeito
Alfredo Kelly
Alfredo Leaden
Emilio Barletti
Pedro Duffau
Hugo Bonafina
Entrevistado por El Clarin
"
C> Que papel esta llamada a desempeñar la iglesia en América latina en la actualidad? [1970]
HB> Este es un continente de gente joven.
Y aquí esta el futuro de la iglesia.
En América Latina se va a producir el cambio que la contingencia histórica reclama.
Ese cambio sera a favor nuestro o en contra nuestro. no sabemos. pero sera.
"
Gustavo Gutierrez (Sacerdote - Teólogo), en vídeo:
"La Teología de la Libertación intenta responder a la siguiente pregunta:
como decirle al pobre y oprimido que Dios es amor? Que Dios es padre cuando su vida diaria esta
expressando una negación del amor alrededor de el?"
(Documento citando el Movimiento de Sacerdotes para el Tercer Mundo. )
El sacerdote Carlos Mugica en entrevista en la televisión citando el Populorum Progressio:
"[...] la insurrección revolucionaria -salvo en caso de tiranía evidente y prolongada, que atentase gravemente a los derechos fundamentales de la persona y dañase peligrosamente el bien común del país- engendra nuevas injusticias, introduce nuevos desequilibrios y provoca nuevas ruinas. [...]"
Populorum Progressio, Paulo VI
Roberto Killmeate (sobreviviente por estar en Colombia en esa época)
"Lo que me llama la atención es la ausencia de este tipo de lenguaje hoy. Por lo menos entre el mundo cristiano."
Rodolfo Capalozza
[ sobre Salvador Barbeito:]
"[...] a partir de su pasión por Jesucristo, su pasión era los jóvenes.
El ansiaba una iglesia mucho mas comunitaria. El ansiaba jóvenes mucho mas
comprometidos con el dolor de los demás."
(Religioso de la cúpula Católica de derecha diciendo que el Ejército era un 'ejército de paz')
Diario de Alfie Kelly
1/Jul/76
"Acabo de tener una de las experiencias mas fuertes en la oración.
A la mañana me entere de la gravedad de la calumnia que circula sobre mi
y a el largo del día me fue dando cuenta del peligro que corre mi vida.
Llore mucho. Pero lloré suplicando al Señor que la riqueza de su gracia
que me ha dado a vivir el Señor se la haga a (?) vivir a quien yo he tratado de amar.
Pensé en tantos que reciben gracias por mi intermedio y lloré mucho tener que dejarlos.
Pedi que fuera luz para Jorge [Kelly], para Emilio [Barletti], para los que me odien. Para todos
los que han recibido y reciben de mi. Para hacer florecer vocaciones. Me de cuenta entre mis lágrimas de que estoy muy apegado a la vida. que mi vida y mi muerte su entrega tiene por designo (?) amoroso de Dios mucho valor. en resumen, que entrego mi vida vivo o muerto al Señor. Pero que encuanto (?) pueda tengo que luchar por conservarla.
Que seré llamado por el Padre en la hora y modo que El quiera y no cuando yo o otros lo quieran.
Ahora justo en este momento estoy indiferente. Me siento feliz de una manera indescriptible.
Ojala que esto sea leído. Servirá para que otros descubran también la riqueza del amor de Cristo
y se comprometan con el y sus hermanos cuando el quiera que se lea. No pertenezco ya a mi mismo porque [he] descubierto a quien estoy obligado a pertenecer.
Gracias, Señor.
"
Reclamación en entrevista televisiva de la señora Concepción, Hna. Carmelita (años después, en otra localidad):
"Para el [Roberto Killmeate] lo principal, lo primordial era, digamos , la cara de cara a la (?) gente. La cosa social. Uno va a la iglesia pues, digamos, a descargarse un poquito, de que el trabaja, escuchar un poco la palabra de Dios. Y voy(?), al mejor, en vez de escuchar la palabra de Dios, pues al el mejor escuchaba - o que sea - un insulto contra fulano que no paga lo justo a la muchacha, o cosa por el estilo. Entonces, uno salia de la iglesia peor que lo que había entrado."
Arturo Cejas (hablando con Roberto Killmeate años después en otra localidad sobre la cooperativa de tierras)
"
Si no hubiese conocido el proyecto, seria una persona nada mejor, normal, sin complicaciones,
pero muy mediocre. Creo que nos sacaste de la mediocridad. Nos propusiste algo distinto.
No solo en lo religioso, sino también este profundizar en otros aspectos de la vida.
"
Para saber mais acesse:
Teología de la Liberación e Historia Argentinahttp://liberacionyperon.blogspot.com/
http://www.cinenacional.com/peliculas/index.php?pelicula=6593
Argentina, Ditadura e Terror - Voltaire Schilling (clique em "Século XX")
Sunday, September 07, 2008
Montoneros, una historia
Film documental. Ana, una ex-montonera, evoca la experiencia de los años violentos de la Argentina en el movimiento montonero con los ojos del presente y con los interrogantes que aún no ha podido responderse. Historia personal y colectiva a la vez, evoca los días tumultuosos de su juventud, desde su ingreso en la Universidad hasta su encierro en la Escuela de Mecánica de la Armada, y desde su vinculación con Juan, combatiente convencido, hasta el nacimiento de la hija de ambos, va enhebrando los restantes testimonios y las imágenes tomadas de noticieros y videotapes que reproducen rostros y episodios clave de aquellos años: el ajusticiamiento de Aramburu, los copamientos y los choques armados, la masacre de Ezeiza, el regreso de Perón al gobierno, la vuelta de los Montoneros a la clandestinidad, el tiempo de Isabel y López Rega y la usurpación del poder por la Junta Militar, con su secuela de crímenes, secuestros y desapariciones.
Dirección: Andrés Di Tella
Guión: Roberto Barandalla y Andrés Di Tella
Idioma: Español.
País: Argentina.
Género: Documental.
Tiempo: 88 Minutos.
Fecha de Estreno: 26 de noviembre de 1998
http://www.imdb.com/title/tt0361924/
(I just watched it today - Acabei de ver hoje)
Monday, June 30, 2008
O auge da institucionalização evangélica na Argentina
O auge da institucionalização evangélica na Argentina
Por David Tigani
Há algum tempo atrás, à poucos meses de haver-se celebrado eleições na Argentina, chegou no meu e-mail um dos vários boletins cristãos que circulam pela web ("Noti Prensa"), com uma notícia que dizia mais ou menos assim: "A deputada evangélica Fulana, no seu primeiro trabalho como funcionária do governo, declarou a partir do Interesse Governamental no festival de Luis Palau em Buenos Aires".
Neste momento, lembrei-me e pensei: "Essa funcionária chegou ao poder por meio de um partido que fundamentou fortemente sua campanha na promoção de uma nova política e no término do clientelismo". Será que a opinião pública não verá esta ação como uma mostra de "clientelismo" evangélico? É coerente atuar desta forma e difundir-lo como um logro? Talvez esse não tenha sido o objetivo buscado, mas na função pública é muito difícil explicar estes tipos de ações de forma convincente.
Esses enganos são cada dia mais comuns entre os cristãos do meu país. Já há algum tempo, um setor majoritário de evangélicos argentinos se despertou da mentalidade "portas adentro", para entender que era necessário transmitir os valores de Jesus nos âmbitos decisivos da sociedade. Os pastores deixaram de chamar de "mundanos" e "pouco espirituais" aos que tinham tais interesses, e viram com bons olhos a nova "porta que se abria".
Não questiono os interesse da igreja pelos temas de transcendência nacional. Contudo, creio que há muito para refletir sobre os métodos e iniciativas que intentam elevar a um âmbito governamental.
Como periodicista, vejo que a opinião pública "secular" (segundo o nosso dialeto de gueto) percebe os evangélicos argentinos com duas preocupações principais, e no meu ponto de vista, nenhum dos dois deixa uma boa impressão.
Em primeiro lugar, existe uma forte procura de reconhecimento institucional por parte da liderança evangélica. O tempo todo citam as estatísticas que nos posicionam como uma minoria importante, o tempo todo se trata de demonstrar no nível corporativo que não somos ignorantes, que somos honestos, que somos confiáveis. Procuramos incansavelmente que os líderes de outras esferas nacionais (políticas, religiosas e institucionais) nos façam sentir participantes da realidade argentina, como se a visão destes setores nos validasse para nos expressarmos. Precisamos realmente desse contexto para transmitir o amor e a mensagem de Jesus? Com que fins pedimos tanto respeito?
Não vejo Jesus buscando a aprovação política e religiosa dos líderes da sua geração. Compartilhava seu tempo com eles, mas seu ministério não era o lobby, mas sim confrontar sua hipocrisia para levá-los a um caminho mais excelente. Também não estava interessado em ser aclamado pelas multidões. Melhor, as via como "ovelhas sem pastor" e tinha compaixão (prática) delas. Levar-lhes seu amor e ajuda a todos os focos sensíveis da sua sociedade foi e é seu verdadeiro objetivo.
A segunda percepção que ressalta é a imposição moral que se quer incutir na sociedade. Há poucos dias, lendo o blog de Philip Yancey em Espanhol (obrigado por fazê-lo) pude confirmar essa reflexão que lutava dentro de mim.
Pretendemos determinar pela Lei da Nação que um povo que ainda não experimentou a Graça e o Amor transformador de Jesus viva de acordo com os preceitos morais que não deseja nem respeita, impossíveis de alcançar com esforço e disciplina pessoal. Todos nós cristãos nos preocupamos com o estrago das drogas nos jovens, com o aborto, com o alcoolismo, com a violência social, etc. Mas creio que é necessário entrar no debate sério com a sociedade (mais que fazer coisas pelas pessoas, sem tanto alarde) e não aderir a qualquer projeto moralista que venha da política. De que adianta apoiar aos que por um lado prometem cuidar dos valores morais nos seus mandatos, mas impõem imoralmente terríveis cargas sociais e econômicas à pessoas? Nos EUA, Bush manipulou perfeitamente esses temas, seduziu muitos cristãos e faz tremendas barbaridades com seu consenso.
Nos horrorizamos com a descriminalização do consumo de drogas ou coisas do tipo, mas não nos incomoda que um viciado que comete um delito menor entre na cadeia comum, violentem-no, contagiem-no com HIV, e aperfeiçoem-no no ódio e na delinqüência. Vêem que estamos convencidos que o ressentimento social se cura com mais ressentimento social. Que teologia será esta?
Este tema é muito grande, e minhas perguntas são muitas... Seguirei compartilhando com vocês, porque acredito que além das diferenças que possam surgir, pensar em conjunto pode ajudar-nos a evitar as armadilhas da ignorância.
"
Fonte: Teologia Sin Nombre
Tradução: K-fé