Ontem ouvi o pastor Ariovaldo Ramos falar sobre sua "ética da manutenção". Os teólogos-filósofos conseguem descrever a coisa do jeito deles. A mim cabe pensar com meus botões. (no resumo do resumo, esta ética vê Deus mantendo o mundo e o crente é co-participante)
O diálogo é quase impossível. As perguntas não têm o tempo e o ambiente adequados para discussões em altura equitável. Resta-me, portanto, o monólogo. Falo para as paredes.
De forma geral gostei da idéia. Minha intuição filosófica (aquela mais sistematizada que briga de feira) sentiu falta de uma boa dose de pessimismo e nihilismo. Quando tudo é muito lógico, tudo se encaixa e faz muito sentido o não-santo desconfia.
A tal ética foi apresentada como um princípio cristão. Parte do meu problema é achar que tal princípio ético está muito perto do lugar-comum. Tudo bem, o princípio ético aponta para a preservação da vida. Mas não diria a mesma coisa qualquer ética não-nihilista?
Um outro detalhe menor: Ariovaldo Ramos faz uma distinção entre a força mantenedora e o resgate divino. Fico me perguntando se a atuação mantenedora divina não é também a mesma atuação salvífica. Realmente estou esperando um cristão aventurar uma boa explicação sobre "salvação".
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