Li Gênesis e início de Êxodo na "The Family Story Bible" (Ralph Milton, Ilustrações de Margaret Kyle, editores: Jim Taylor e ike Schwartzentruber, ISBN 0-664-22108-4, Westminster John Knox Press). Estou gostando muito "dessa" Bíblia.
Achei interessante a história de Jacó. Ele já começa nascendo com um nome interessante: "aquele que pega o que não pertence a si". Com a ajuda da mãe, Rebeca, passa o irmão e o pai para trás e "rouba" a bênção. Foge correndo. Depois de aprontar, Deus aparece e diz "Eu sou o pai dos seus avós. A promessa é sua agora. Pessoas do mundo todo vão me conhecer por sua causa. Eu sou o seu Deus. Eu vou tomar conta de você."
Muito interessante como Deus não faz um julgamento moral de Jacó no encontro. Pelo contrário, anima-o. Penso que devemos tomar um pouco de cuidado hermenêutico aqui. Na minha intuição não-acadêmica sem-pedigree e leiga, não acho que podemos prontamente procurar achar aplicações do texto. Acho que seria um tanto descabido, por assim dizer, fazer a pergunta "como isso se aplica a mim hoje?" referindo-se à história. Certamente não podemos concluir que Deus abençoa a trapaça. Mas é interessante notar o fato de Deus não condenar as ações de Jacó no encontro. Para mim, a riqueza do texto está na narrativa, e na construção de uma consciência nacional por vir. Interessante notar como Gênesis começa tratando das histórias de indivíduos, fazendo a transição para Êxodo, quando lemos uma história coletiva. É interessante ver refletidos na história os anseios humanos. A luta de Jacó com A Coisa (Jesus? Deus? Ele próprio?) é um retrato forte da humanidade de Jacó. Eles seriam chamados de "Israel", o povo que brigou com Deus. Isto é, o povo de Deus, o povo que brigou com Deus. Que história quase incrível!
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