"Cantemos mais forte, irmãos"
atribuído a Penny Lea
"Eu morei na Alemanha durante o Holocausto Nazista. Eu me considerava um cristão. Eu ia à igreja desde criança. Nós havíamos ouvido as histórias do que estava acontecendo com os Judeus, mas como a maioria das pessoas hoje aqui nesse país, nós tentamos nos distanciar da realidade do que estava acontecendo. O que alguém poderia fazer para parar aquilo? Havia uma ferrovia atrás da nossa pequena igreja, e cada Domingo de manhã nós ouvíamos o apito de longe e depois o bater das rodas do trem nos trilhos. Ficamos transtornados num Domingo quando ouvimos gritos vindo do trem passando. Asperamente, nos demos conta de que o trem transportava Judeus. Eles pareciam gado nos vagões! Semana após semana aquele apito de trem tocava. A gente ficava com medo de ouvir o som daquelas rodas porque sabíamos que os Judeus começariam a gritar por nós ao passarem pela igreja. Era altamente atordoante! Não podíamos fazer nada para ajudar aquelas pessoas coitadas, mas seus gritos nos atormentavam. Nós sabíamos exatamente a hora que o apito tocava, e nós decidimos que a única maneira de não sermos tão atordoados pelos clamores era começarmos a cantar nossos hinos. Na hora que o trem passava pelo pátio da igreja, nós cantávamos a plenos pulmões. Quando alguns dos gritos chegavam aos nossos ouvidos, nós apenas cantávamos um pouquinho mais forte até que não conseguíssemos mais ouví-los. Passaram anos e ninguém mais fala sobre o assunto, mas eu ainda ouço aquele apito do trem nos meus sonhos. Eu consigo ouví-los clamando por ajuda. Perdoa-nos a todos, Deus, que nos chamamos Cristãos, mas que não fizemos nada para intervir."
(tradução de K-fé)
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