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Wednesday, June 15, 2011

As pouco conhecidas perseguição e violência dos Reformadores - parte 2

Em Julho de 1525, Balthasar Hubmaier, um pastor com ideias Anabatistas "moderadas", escreve uma carta ao conselho de Zurique pedindo uma discussão pública sobre batismo entre ele e Zuínglio, a quem nessa altura ainda chamava de "querido irmão".
  Vem o debate, então, onde Zuínglio defende o batismo de crianças, e Hubmaier se opõem.
  É interessante notar que Zuínglio em certa altura se vê oscilando entre ideias mais "radicais" da Reforma, aludindo a uma 'reforma progressiva', com mudanças moderadas na liturgia da missa, etc e a prática Católica. Sobre batismo Zuínglio confessou ter abraçado ele mesmo "o erro" de que crianças não deveriam ser batizadas "até que elas cheguem à idade da responsabilidade." Hubmaier afirmou durante os julgamentos:
  "Sim, você assim afirmou, escreveu e pregou abertamente do púlpito - várias centenas de pessoas ouviram isto de sua boca." E também: "No ano de 1523 na rua Zurichgraben eu pessoalmente confrontei-o com as Escrituras sobre o batismo. Você disse que eu estava certo, que crianças não deveriam ser batizadas até que tivessem sido instruídas na fé."
  No dia 14 de Dezembro, o arquiduque Fernando da Áustria pediu oficialmente a extradição de Hubmaier, que se encontrava preso em Zurique. Isto seria morte na certa; Fernando era Católico e atribuíra injustamente um levante na região de Waldshut a Hubmaier. Hubmaier então prepara uma retratação para o conselho de Zurique, negando sua posição sobre o batismo. Depois de ler a retratação para o conselho, Hubmaier é obrigado a lê-la nas principais igrejas de Zurique, começando em Fraumünster. No culto de manhã, após a pregação de Zuínglio, levado por guardas, Hubmaier foi chamado a ler sua retratação. Hubmaier rabiscou umas notas, contudo, antes de ir ao púlpito.
 "Ó, que angústia e dores de parto eu sofri esta noite a respeito das afirmações que fiz. Digo aqui e agora que eu não posso e não irei me retratar." A seguir, defendeu o batismo do crente como um ensino do Novo Testamento. Zuínglio interrompeu-o com raiva. Guardas vieram apreender o "criminoso" e o jogaram na prisão de Wellenberg. Foi torturado várias vezes. Durante as sessões de tortura, Zuínglio ordenava que Hubmaier chamasse os Anabatistas de anti-batistas. Durante 3 meses foi submetido a tortura e interrogatório na Wasserturm, ou torre d'água.

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