'Pós-modernos são "protestantes" filosóficos dos últimos dias que resistem a categoria do natural, como na "ordem natural", "lei natural", ou "sentido natural". Por "natural" pós-modernos lêem "histórico" ou "político". Pegue, por exemplo, algo aparentemente tão incontroverso quanto um esquema de classificação biológico. Foucault cita uma estória de Borges na qual uma enciclopédia Chinesa classifica animais de acordo com as seguintes categorias: pertencentes ao Imperador, embalsamados, domésticos, perdidos, que acabaram de quebrar o pote d'água, os quais de longe parecem-se com moscas. Bem, por que não? Por que é essa classificação menos arbritária do que a convenção Ocidental de distinguir criaturas baseado nelas terem coluna vertebral ou não, ou nelas se reproduzirem pondo ovos ou parindo? O ponto de Foucault é que todo esquema classificatório tem sua origem em "discursos" históricos específicos ou formações de poder-verdade, e como tal é relativo culturalmente. A política por trás o "natural" pode não estar aparente na zoologia, mas ela rapidamente ganham o foco em discussões sobre a natureza da sexualidade humana ou, ainda, a família. A condição pós-moderna é de "incredulidade para com o natural", pois o "natural" nada mais é que uma narrativa cujas origens na narrativa foram esquecidas. ' p. 15
Trecho do livro "The Cambridge Companion to Postmodern Theology", Cambridge University Press, 2003.
2 comments:
oi
Vi seu texto "eu acredito na igreja emergente" no renovatio cafe. Nunca tinha pesquisado sobre o que é a tal da igreja emergente, mas me pareceu convidativo.
Escrevo umas bobagens no meu blog, a última é um conto baseado na parábola do banquete de casamento. É meio bagunçado, e eu vou dizer que foi baseado nessa parábola só no final, mas se te deu vontade de ler dê uma passadinha em http://criandocaraminholas.blogspot.com/2010/04/com-o-perdao-da-analogia-festa.html
Obrigada,
abraço!
Oi
Li seu texto "eu acredito na igreja emergente" no Renovatio Cafe. Nunca tinha pesquisado sobre a tal igreja emergente, achei convidativo.
Escrevo umas bobagens no meu blog, a última é um conto baseado na parábola do banquete de casamento. Já postei três partes, se te deu vontade de ler aqui é a primeira
http://criandocaraminholas.blogspot.com/2010/04/com-o-perdao-da-analogia-festa.html
Abraço!
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