Ao longo dos anos, ouvi comentários que compartilham dualidades.
- Um pastor escreveu no Twitter que gosta da política da Teologia da Libertação, mas não gosta do fato de faltar nela espiritualidade.
- Amigos que criticam a frase atribuída a São Francisco de Assis: "Pregue o Evangelho sempre, se necessário, use palavras"
- Amigos que dizem que ação política não substitui a espiritualidade.
- Um evangélico em um encontro sobre religião e política que diz que é preciso alimentar não só o corpo como o espírito também.
- Inúmeros amigos que aconselham a "evitar extremismos", adotando a famosa "moderação".
A dualidade vive dividindo as coisas e opondo os conceitos. É o "espiritual" contra o "carnal". As dualidades nas opiniões acima assumem o que é "espiritual" como o contrário do que é "visível". Eu acho que muitas pessoas têm medo de pensar na possibilidade de que "o espiritual" é irrelevante.
Eu, no entanto, prefiro deixar de lado tudo o que é espiritual e seguir com o que é "visível" e prático. Desconfio que o sol nasça sem precisar o galo cantar.